Terapias estimulam desenvolvimento psicomotor de alunos da Educação Especial

A Unidade Educacional Especializada de Icoaraci é referência no Brasil pelo atendimento especializado para alunos com deficiência

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), via Coordenadoria de Educação Especial (Coees), oferece atividades no meio líquido e a monta em cavalos para estudantes da educação especial que precisam de estímulo psicomotor, necessário ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

Foto: Divulgação

Referência no Pará e no Brasil, a Unidade Educacional Especializada de Icoaraci (UEES) oferece esse atendimento por meio de programas de linguagem e comunicação; práticas corporais e arte; habilidades de vida; monta a cavalo e atividades de hidro estimulação para 50 alunos com deficiência intelectual múltipla, física, auditiva, autismo e níveis de desenvolvimento neuropsicomotor. Os programas, que colocam o corpo em movimento, são realizados pelo Serviço de Atendimento Educacional Especializado (SAEE).

Avanços

Maria Marciléia da Silva, mãe de Rudson Deivid Correa, 12 anos, um dos estudantes atendidos pela unidade, conta que, desde o início da assistência profissional, o menino apresentou avanços significativos na comunicação e mobilidade. “Desde o momento que ele entrou na unidade melhorou bastante, pois era muito dependente. Depois de todas as atividades, desenvolveu muito o andar, a postura. A estimulação em meio líquido contribui bastante para esse desenvolvimento”, afirmou. O filho de Marciléia tem paralisia cerebral. “Hoje, ele anda, é independente e lê. A parte motora melhorou muito”, acrescentou a mãe de Rudson.

Foto: Divulgação

As atividades – como monta em cavalos e hidro estimulação – são suportes complementares não ofertados pelas escolas regulares. A psicomotricidade, realizada pela UEES–Icoaraci, conta com espaço externo para atividades com cavalos, piscina e jogos e recreação, além da parceria público-privada que permite o acesso a outros espaços para atividades em meio líquido.

Segundo o professor Felipe Linhares, da Coordenação da Educação Especial, a prática pedagógica beneficia aspectos físicos, mentais e emocionais. “Nossos professores fizeram treinamentos para atender aos nossos alunos de maneira mais adequada e funcional. O diferencial é que não estamos falando de reabilitação ou terapia, e sim de estimulações motoras para o trabalho pedagógico, como postura, coordenação motora e autonomia. Tais estímulos são essenciais para os alunos que possuem esse tipo de limitação”, ressaltou o coordenador.

Os programas, oferecidos desde 2004, são realizados por professores com formação em Educação Física, Especialização em Educação Especial e formação pela Associação Brasileira de Reabilitação Equestre (Abre) e Associação Nacional de Equoterapia (Ande).  

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