A medida foi necessária após a confirmação de dois casos da nova cepa da Covid-19, identificados pelo Instituto Evandro Chagas, no município de Santarém
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), emitiu nota técnica com recomendações para ações de prevenção, em portos e aeroportos do Pará, indicadas a passageiros oriundos de Manaus e da região Oeste do Estado. A partir desta sexta-feira (5), 47 profissionais da Vigilância Sanitária cumprirão revezamento para fazer a barreira sanitária no Aeroporto Internacional de Belém pelos próximos 30 dias. Esse será o primeiro momento da ação, que ainda será extensiva aos portos.
A medida foi necessária após a confirmação de dois casos da nova cepa da Covid-19, identificados pelo Instituto Evandro Chagas, no município de Santarém, no último dia 29 de janeiro. A variante, que circula no Amazonas, foi apontada como uma das razões para o colapso no sistema de saúde do estado vizinho. Os objetivos dessas medidas sanitárias são garantir a preservação de vidas e impedir o avanço da Covid-19 em território paraense.
De acordo com a nota técnica, a recomendação é que a população evite viajar rumo ao Oeste do Pará, cujos 15 municípios estão em lockdown. De todo o modo, antes da viagem, é aconselhável que passageiros e tripulantes observem possíveis sinais e sintomas da Covid-19. Caso apresentem sintomas leves, devem cumprir isolamento domiciliar por 14 dias, não devendo viajar. Se o quadro evoluir para febre, tosse ou falta de ar, devem procurar a unidade de saúde mais próxima.
No Aeroporto Internacional de Belém, os passageiros oriundos do Amazonas e da região do Baixo Amazonas serão submetidos à entrevista pelas equipes da Sespa, em que esclarecerão se tiveram contato prévio com pessoas suspeitas e/ou doentes e se apresentaram sintomas nos últimos sete dias, como tosse, dificuldade para respirar, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de oxigênio menor que 95, temperatura acima de 37,5º C, dor abdominal, diarreia, enjoo e vômito. Antes de atender o caso suspeito, os profissionais de saúde devem se paramentar com os equipamentos de proteção individual (EPIs), descritos em detalhes na nota técnica.
“Todos os passageiros dessas regiões que desembarcarem em Belém terão que cumprir um isolamento social por 14 dias, tendo ou não sintomas, em endereço fixo e informado no termo de notificação, em que darão ciência quando chegarem no aeroporto”, esclarece a diretora de Vigilância Sanitária da Sespa, Milvea Carneiro. “Precisamos mitigar os riscos de proliferação do SARS- CoV-2 e/ou nova cepa variante na perspectiva de contribuir para que o cenário epidemiológico no Pará não se agrave”, completa.
Além disso, o passageiro deve ser orientado a utilizar máscaras no deslocamento até o endereço informado no inquérito. Caso tenha sintomas ou piora do estado geral, onde estiver, o passageiro deve procurar assistência à saúde. Por outro lado, o viajante que apresentar sintomas no aeroporto deverá ser encaminhado diretamente à unidade de assistência à saúde. Técnicos da Sespa farão o monitoramento das condições de saúde dos passageiros que desembarcarem em Belém.
No aeroporto, o trabalho da Sespa será ininterrupto durante todos os horários de desembarque de passageiros provenientes do estado do Amazonas e da região oeste do Pará. As recomendações da nota técnica divulgada pela Secretaria incluem ainda orientações quanto à higienização de locais onde passageiros sintomáticos foram atendidos e transportados.
Serviços:
O questionário a ser preenchido pelo passageiro já pode ser respondido no decorrer da viagem, antes do desembarque em Belém, e está disponível neste link.