Pesquisadores identificam nova espécie de orquídea no Parque Estadual do Utinga, em Belém

Com a descoberta, a família das Orchidaceae chega à marca de 33 espécies descritas na Unidade de Conservação de Proteção Integral

Pesquisadores do Projeto “Flora do Utinga” identificaram um novo registro para a família das orquídeas do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”. Pertencente ao gênero Eulophia alta, o vegetal foi encontrado em uma borda de vegetação secundária próximo ao espaço “Recanto da Volta”, no interior da Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral, em Belém.

Com o achado, a família das Orchidaceae chega à marca de 33 espécies descritas, sendo a terceira mais rica em número de amostras no Parque. A última descoberta ocorreu em outubro de 2022, quando especialistas identificaram, no tronco de uma árvore que havia caído no interior da UC, uma orquídea do gênero Octomeria sp.

A nova espécie foi localizada pelo pesquisador e coordenador do Projeto “Flora do Utinga”, Leandro Valle Ferreira, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). 

“As orquídeas são as maiores famílias de plantas. Existem cerca de 28 mil espécies no mundo, quase 2.500 espécies no Brasil e 411 espécies no Pará”

informou o cientista.

Leandro Ferreira disse ainda que, devido ao local onde o vegetal foi identificado ser de fácil acesso da população, será providenciada uma proteção extra para garantir a segurança da espécie em seu habitat natural. 

“Pela sua característica, esse tipo de orquídea pode ser confundida facilmente com uma vegetação qualquer. Por isso, já estamos providenciando uma proteção à espécie”

acrescentou.

Importância biológica 

Desde 2018, o Projeto “Flora do Utinga” é desenvolvido em parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Até o momento, 827 espécies de plantas e fungos foram catalogados, reforçando a importância biológica das UCs onde ocorre a pesquisa na Região Metropolitana de Belém, no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, na Área de Proteção Ambiental (APA) Belém e no Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia (Revis). Este último é considerado uma das maiores UCs de Proteção Integral em áreas metropolitanas do Brasil, e abrange os municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel do Pará.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

PIB do Amazonas cresce 3,27% em 2022, acima da média nacional

O Amazonas mostrou força econômica com o setor de serviços e a indústria, com dados divulgados pela Sedecti após dois anos necessários para consolidação.

Leia também

Publicidade