Estado é o terceiro maior produtor de limão e o sétimo, de laranja.
“Hoje, a cultura do limão é uma das duas atividades agropecuárias mais importantes de Monte Alegre e região, junto com a bovinocultura de corte”
diz Alain Xavier.
De acordo com a Emater, hoje, são quase mil produtores de limão em Monte Alegre, que produz em torno de 106 mil toneladas de limão ao ano. Já Alenquer conta com cerca de 700 produtores, mas a área plantada é bem menor.
Atividade sustentável
Alain explica que um dos atrativos do limão taiti de Monte Alegre e Alenquer é que é um limão da Amazônia, produzido por produtores familiares, em áreas que estavam degradadas, abertas anteriormente para bovinocultura de corte. Então, a atividade tem um apelo de sustentabilidade. Não precisa abrir novas áreas.
“A cultura do limão em Monte Alegre é ambientalmente e socialmente sustentável, o que gerou grande e rápida ascensão social aos produtores e expansão das suas atividades. Os principais mercados consumidores do Limão Taiti da região são os estados do Amazonas, que consome aproximadamente 85% da produção, Amapá, com consumo de 5%, e Maranhão, Mato Grosso e Belém, que somam os outros 10%”
detalha o supervisor regional da Emater.
O cultivo do Limão Taiti representa algo em torno de 20 % a 25% do PIB municipal, gerando mais de mil empregos diretos e 1,5 mil indiretos a uma estimativa de renda obtida equivalente a quase R$ 50 milhões.
Cabe ressaltar que 90% são agricultores familiares, base do público da Emater, e as ações de atendimento são bastante diversificadas, como a elaboração de projetos de crédito, fomento de mudas, práticas de assistência técnica e extensão rural, produção de mudas, manejo em geral da atividade, orientações sobre mercado e comercialização além de levantamentos periódicos da produção.
Geraldo Tavares, gerente de Fruticultura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap) afirma que o destaque dos municípios foi conseguido com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).
“Como não temos essas moléstias no estado, isso estimula que investimentos sejam feitos na área, já que o controle dessas doenças é muito caro. São Paulo, por exemplo, já teve que erradicar seis milhões de pés de laranja para controlar esse tipo de doença, e mesmo assim não conseguiu. Temos aqui uma importante indústria de suco de citros, em Capitão Poço, com capacidade de oito mil toneladas do produto por mês. Hoje exportamos suco de laranja, por conta dessas facilidades, e também por conta das condições edafoclimáticas favoráveis“
afirma.
Rafael Haber é fiscal agropecuário e gerente de Defesa Vegetal da Adepará, e explica que o trabalho realizado inclui levantamento de detecção de pragas quarentenárias, como o cancro cítrico, a pinta preta e o greening.
“Temos duas áreas livres dessas pragas, nossos dois pólos cítricos, que por isso podem exportar as frutas in natura. Quando a gente detecta qualquer tipo de foco de praga, a gente faz a erradicação do foco. Em paralelo, temos barreiras fitossanitárias, que protegem o nosso estado da entrada de mudas ou frutas contaminadas. A gente pede que o produtor rural nos procure se houver qualquer suspeita de uma praga diferente ou que esteja trazendo um grande prejuízo, porque pode ser uma praga quarentenária.
estimula.