O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) completa nesta terça-feira (6) 154 anos de fundação e abre as portas para uma ampla programação virtual, que irá se estender até o mês de dezembro. Pessoas de todos os lugares e a qualquer dia e hora poderão acessar vídeos, rodas de conversa, palestras, seminários, tour, oficinas, jogo digital, cartilha e o festival de gastronomia inteligente.
Essas atividades apresentarão uma gama de assuntos diversos, possibilitando que o público entre em contato com estudos na área das ciências naturais e humanas, curiosidades, lugares distantes, coleções científicas e laboratórios que nunca conheceram e, ainda, olhar locais por onde circulam sob outro prisma.
As atividades fazem parte da agenda “Museu de Portas Abertas”, realizada há duas décadas com o objetivo de aproximar a instituição do público.
Programação
Outubro – No decorrer das outras semanas, o Museu Goeldi também realizará seminários, oficinas e rodas de conversa sobre temas tão variados quanto as áreas de pesquisa nas quais atua.
No dia 13, será realizado o Seminário do Programa de Estudos Costeiros, que incluirá seminário, palestra e exposição fotográfica.
Já no dia da Alimentação, 16 de outubro, serão publicados vídeos sobre o Araçá-boi e a presença de espécies do gênero Piper no nosso cotidiano.
Para o dia 19 está programado o lançamento de uma cartilha de educação patrimonial, intitulada “Projeto Museu de Portas Abertas como instrumento de mediação”. No dia seguinte, 20, será realizada a roda de conversa “Memória e História na Amazônia – o Arquivo Guilherme De La Penha”.
O Seminário Belém das Águas está programado para o dia 22, com uma palestra sobre a Macrodrenagem da Bacia do Una e a roda de conversa “Programa de Estudos Costeiros no Porto da Palha – Olhares e saberes”.
No dia 23, haverá a live de lançamento de um jogo digital de ciências, que deve apoiar professores e pais no ensino de temáticas científicas de maneira mais didática.
Dia 29, em comemoração ao dia do Livro, o público poderá conferir os vídeos “Um passeio pela Biblioteca Domingo Soares Ferreira Penna: produtos e serviços” e “Uma Visita Animal”.
Portas Aberta – O Projeto Museu Goeldi de Portas Abertas conta com a participação de todos os setores do MPEG, representados por servidores, terceirizados, bolsistas, estagiários e voluntários que se organizam durante vários dias para compartilhar informações científicas com a sociedade em geral. O projetou aumenta, desse modo, as possibilidades de diálogo, além de permitir o encontro de diferentes gerações de pesquisadores, estudantes e interessados em ciência e tecnologia.
Museu Goeldi – Centro pioneiro nos estudos científicos dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimento, organização e manutenção de acervos de referência mundial relacionados à região. Investiga o bioma amazônico aglutinando dados das Ciências Humanas, Biológicas, Sociais e da Terra. É um dos mais antigos, maiores e populares museus brasileiros, e estimula a apreciação, apropriação e uso do conhecimento científico.
Instituição de pesquisa fundada em 1866 na cidade de Belém (PA), onde mantém seu campus de pesquisa e o primeiro parque zoobotânico do país, o Museu Goeldi também conta com uma estação científica localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Marajó (PA), que funciona como um laboratório avançado sobre o funcionamento das florestas tropicais.
O Goeldi coordena o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (MT), a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Oriental e o Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia Oriental.
A sesquicentenária instituição lidera investigações sobre a biodiversidade amazônica e, apenas no século 21, junto com seus parceiros, já apresentou quase 600 novas espécies da fauna, flora e fungos. Suas pesquisas são sustentadas e alimentam 19 coleções científicas principais, que se subdividem em mais de 40 sub-coleções, integradas por mais de 4,5 milhões de itens tombados, entre os quais se destacam ícones da cultura nacional. Atualmente, oferta para a comunidade sete cursos de pós-graduação, sendo cinco em parceria, que contam com o apoio das coleções científicas, bibliográficas, documentais e de laboratórios, como o de Microscopia Eletrônica de Varredura, Química Analítica, Biologia Molecular, Arqueologia Amazônica e Análise e Documentação Linguística.
A missão do MPEG é gerar e comunicar conhecimentos e tecnologias sobre a biodiversidade os sistemas naturais e os processos socioculturais relacionados à Amazônia.
Sobre o Museu Goeldi
Considerado um patrimônio científico, histórico e cultural nacional, o Museu Goeldi também é uma das maiores instituições museológicas do país. Segundo mais antigo museu de história natural do Brasil, o MPEG posui coleções biológicas, de fósseis, minerais, arqueológica, linguística, coleções vivas, entre outras.
Além da sua sede principal, localizada em Belém, a instituição possui quatro bases físicas: o Parque Zoobotânico, o Campus de Pesquisa, a Estação Científica (Flona de Caxiuanã, no Marajó) e um campus Avançado (Cuiabá-MT).
Por conta da pandemia do novo coronavírus o espaço teve que se reinventar. “As aglomerações se tornaram inviáveis e tanto o pessoal do setor de educação, de comunicação social, quanto os pesquisadores, bolsistas, técnicos, os curadores de coleções e os chefes de laboratórios fizeram um esforço enorme para que essas visitas pudessem se dar virtualmente. Esse ano, tudo será na WEB com vídeos, eventos e lives de interação com o público. A gente mantém as portas abertas no ambiente virtual durante os três próximos meses”, disse a coordenadora de Comunicação e Extensão, Maria Emília (Bia) da Cruz Sales.
Para saber a programação completa do que vai rolar de outubro a dezembro é só clicar no link: http://bit.ly/MuseuDePortasAbertas.