Neste sábado (5), às 17, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão recebe o clássico entre os clubes Remo e Paysandu. Para receber mais um clássico da Amazônia em condições excepcionais, a diretoria do Estádio Olímpico executa, nesta sexta-feira (4), o serviço de higienização completa local, que será repetido duas horas antes do evento, como é previsto no protocolo de segurança da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que realiza o campeonato nacional da terceira divisão.
Além de toda a estrutura, o gramado também recebe atenção especial. “A equipe está trabalhando desde o início desta semana preparando o campo para o clássico, e antes da partida ainda passa por um processo de desinfecção determinado pelo protocolo”, explicou Raimundo Nonato Mesquita, que é o engenheiro agrônomo responsável pela manutenção do gramado do Mangueirão.
Símbolo do futebol paraense, o confronto entre Remo e Paysandu é coberto com muita dedicação pela imprensa não só da capital. A equipe da Rádio Aquárius FM, de Santa Izabel, assim como outras, teve que se adaptar em fazer a transmissão em meio à crise sanitária.
“O Re-Pa é o clássico mais jogado entre duas equipes, esse é o de número 757. Nós, que somos do rádio, buscamos levar esta transmissão com primazia para o público, em especial para aquele torcedor que não tem acesso a plataformas digitais. Este ano, transmitimos não só a Série C, mas também o Campeonato Paraense, de forma diferente, nos adaptamos a esse chamado novo normal, cumprindo as normas de segurança”, disse o Anderson Morais.
Para ele, é possível observar o empenho no Mangueirão para assegurar o bem-estar e o trabalho da imprensa, com organização da entrada de pessoas no local, aferição de temperatura, disponibilização de álcool em gel, redução dos profissionais por veículo de comunicação. “Continuamos nosso trabalho de levar a informação ao nosso público e é muito diferente para nós, pois estamos acostumados com toda a emoção que é passada pelas torcidas dos dois times”, afirmou o profissional.
As partidas de futebol seguem sem a presença do público, a saudade de ver um clássico no Mangueirão continua e, por isso, o torcedor Gabriel Silva leva a bandeira de sua torcida uniformizada, a Leões da Real, para colocar na arquibancada e mostrar seu apoio aos atletas.
“É uma sensação difícil de descrever e de se acostumar. A ansiedade toma conta quando se aproxima o dia do jogo e fazemos o planejamento para logística, que está sendo permitida nesse tempo de pandemia com alegria. Então, tentamos passar aquele incentivo a mais, colocando nosso patrimônio, que são faixas e bandeira, ali, nos representando”, conta o torcedor.
Antes da pandemia, em vários jogos do clássico, o Mangueirão chegou a alcançar a sua capacidade máxima com um público com 35 mil torcedores.