Instituto de Desenvolvimento Florestal faz reconhecimento de áreas para conservação no Pará

Atividade realizada em parceria com Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Prefeitura pode dar início à criação de uma Unidade de Conservação

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), por meio da Diretoria de Gestão de Biodiversidade (DGBio) realizou atividades de reconhecimento de áreas importantes para conservação da biodiversidade na cidade de Oeiras do Pará . O objetivo do reconhecimento é iniciar o processo de criação de uma Unidade de Conservação da Natureza no município.

Como principal atração culinária, o açaí e o camarão são referências dos pratos. A cidade é avaliada é considerada como uma grande “beleza cênica” (paisagem visualmente harmônica e agradável) por conta de sua diversidade de ecossistemas, como várzeas, igapó, florestade terra firme, campos e lagos. 

Foto: DGBIO / IDEFLOR-Bio

 Além disso, Oeiras do Pará possui o maior boto de água doce, o boto-rosa Inia geoffrensis, espécie considerada ameaçada de extinção.

A bióloga Nívia Pereira conta que foram observados diretamente animais como tucano (Ramphatos sp) , arara vermelha (Ara macao), garça grande (Andre alba) , socó-boi (Tigrisoma sp.), tucunaré (Cichlidae), traíra (Hoplias malabaricus), boto-rosa (Inia geoffrensis), quatipuru ou esquilo cinzento (Sciuridae), morcegos (Desmodus sp), andorinhas (Hirundinidae) , martim-pescador (Alcedinidae), ariramba (Galbulidae) e jabuti (Chelonoidis carbonaria). Por meio de vestígios também foram visualizados toca de paca, de tutu e couro de veado vermelho.

Em conversa com moradores da região, também foram possíveis constatar a presença de ararajuba, macaco-branco, macaco-de-cheiro, macaco-pretinho, macaco-prego, jacaré-coroa, camarão regional, entre outras, de acordo com a bióloga.

Foto: DGBIO / IDEFLOR-Bio

  A engenheira Agrônoma Rosigrêde Silva explica que a preservação das áreas levantadas é importante para manutenção dos habitats naturais, da biodiversidade, dos serviços ambientais e ecossistêmicos, assim como a utilização em bases sustentáveis dos produtos oriundos do extrativismo vegetal ou pesqueiro, preferencialmente no entorno, garantindo a manutenção de áreas de refúgios para a reprodução dos estoques naturais e principalmente na garantia do direito de permanência de populações, comunidades tradicionais na região. A especialista ainda ressalta a proteção das florestas, flora e fauna endêmica, migratória e as ameaçadas de extinção, além de usar de forma adequada recursos naturais e do solo.

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