Casa cheia no Curso de “Matemática Financeira”, à frente o professor Eliraldo Adbensur, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Na terça-feira o Corecon participou da Sessão Especial promovida pela Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) em homenagem ao Dia do Economista, celebrado no dia 13 de agosto. A homenagem foi proposta pelos deputados economistas José Ricardo e Serafim Correa, com apoio do deputado Luiz Castro. Na ocasião, o presidente do Corecon, Francisco Mourão Júnior, em nome do Conselho agradeceu a homenagem, registrando os 67 anos da profissão no Brasil, 46 anos no Amazonas. “Ao longo desse período, os profissionais jamais se recusaram a se envolver nos debates em torno do processo de desenvolvimento do Estado. O Conselho é parceiro do desenvolvimento sem descuidar, no entanto, de posicionamentos críticos quando necessário”, salientou Mourão Júnior.
Extensos e árduos são os caminhos do desenvolvimento econômico. O Amazonas ainda não concluiu a terceira etapa, dentre as cinco propostas por W.W. Rostow (1961), como intrínsecas a esse longo e penoso processo. A fase do arranco (take off), o intervalo em que as obstruções e resistências ao desenvolvimento são superadas, e na qual ocorre a acumulação de capital, indispensável ao crescimento auto sustentado por investimentos líderes geradores de renda e emprego.
Ainda se verifica a falsa percepção de que o planejamento governamental leva em conta fórmulas aplicáveis “erga omnes”, isto é, extensivas simultaneamente a todos os setores da economia. Na verdade, o processo é lento, gradual e setorial,, podendo, segundo a competência e legitimidade do governante e do sistema político produzir efeitos abrangentes sobre o conjunto da sociedade. Ou não! Quem comanda carrega o ônus da tomada de decisão.
Mas, afinal o que é Economia? Trata-se do estudo de como as sociedades dispõem de recursos escassos para produzir bens valiosos e distribuí-los entre diferentes grupos; o estudo da forma como se usam esses recursos para satisfazer necessidades humanas ilimitadas. Configurando a base nevrálgica do sistema econômico, constituem tais recursos: Terra (recursos naturais, florestas, minério, etc); Trabalho (dotações humanas); Capital (os meios técnicos e físicos de produção – máquinas e instalações) e a Tecnologia (de produto e processo)aplicados (o conjunto dos recursos) na produção de bens e serviços.
Aqui reside o maior desafio do processo de escolha de alternativas mais adequadas ao atendimento das necessidades humanas. O pleno equilíbrio entre recursos escassos e bem estar pode, ao que se presume, ser entendido como desenvolvimento. O objetivo maior da Economia, enquanto ciência e instrumento de gestão pública. Na complexidade de escolha das alternativas e oportunidades economicamente factíveis, não há espaço para soluções mágicas. O economista apenas subsidia alternativas a planos, projetos e estratégias na esfera governamental e da iniciativa privada.
A escolha de soluções independe da vontade desse profissional, mas de instâncias superiores. Por isso nem sempre funcionam, exatamente devido a que, embora o crescimento seja função direta de investimentos sólidos em infraestrutura técnica e operacional, em educação, ciência e tecnologia, esta via, por circunstâncias eminentemente do interesse partidário, nem sempre é a eleita pelo governante. Contrariamente, recaindo a decisão sobre a opção correta o país se desenvolve social e economicamente.