Agropecuária no governo Wilson Lima

A tarde da última terça-feira, 8, representou certamente o ponto de inflexão para tornar a agropecuária setor fundamental para a economia do Amazonas e a consolidação da Zona Franca de Manaus como polo gerador e irradiador de tecnologias para o desenvolvimento. A reunião levada a cabo na Federação da Agricultura, sob inspiração e direção do presidente da entidade, Muni Lourenço da Silva Júnior, em torno do novo secretário de produção do Estado, Petrúcio Pereira de Magalhães Júnior, pode-se dizer com a mais absoluta segurança: foi um retumbante sucesso.

Auditório completamente lotado (muita gente em pé) revelou um aspecto fundamental, quase sempre pouco observado: o enorme fascínio exercido pela agropecuária junto ao pequeno produtor (agricultura familiar) e ao agronegócio. O encontro com a nova direção do sistema Sepror (Idam, Cepa, Adaf e Ads) reuniu, além de produtores de diversas regiões, parlamentares, comerciantes de produtos agropecuários, Embrapa, Codese, Superintendência Federal da Agricultura, Banco da Amazônia, cooperativas, Fetagri e associações ruralistas.

O setor transmitiu ao novo governo amazonense que, sim, a agropecuária é viável; que o setor primário é solução não obstáculo aos graves entraves que emperram a economia estadual e do país. Sobretudo os derivados de equívocos que vêm desde a implantação da Zona Franca de Manaus, quando simplesmente o setor foi esquecido e o governo permitiu que o modelo ZFM houvesse se concentrado em apenas dois segmentos: o industrial e o de serviços, deixando em terceiro plano a produção de alimentos, o setor primário,  as potencialidade da bioeconomia e do ecoturismo.
 

Foto: Arquivo/Agência Brasil 

O momento, contudo, não é de chorar o leite derramado, mas de recuperar o tempo perdido. Nesse sentido o encontro de produtores com a equipe do governo Wilson Lima responsável pelo sistema Sepror revelou-se altamente promissor tanto em relação à “Pauta Prioritária da Classe Patronal Agropecuária do Amazonas” apresentada pelo presidente Muni Lourenço ao secretário Petrúcio Magalhães Júnior, quanto aos pontos eleitos pela Sepror como emergenciais no conjunto da plataforma de ação para os cem primeiros dias de governo.

Reunião de tamanho impacto ocorreu em 2003 quando do primeiro encontro do estreante secretário de Produção Rural, Luís Castro, no mesmo auditório da FAEA, igualmente lotado, com as classes produtoras,  dos trabalhadores rurais e o sistema financeiro. Dali, efetivamente, surgiu uma nova Sepror, constituída por uma super equipe dirigente, destacando-se Edimar Vizolli e Valdelino Cavalcante, respectivamente presidente e diretor técnico do Idam, posteriormente deslocado para a presidência da recém criada Agroamazon, hoje Ads.

Aquela administração marcou época e produziu muitos bons frutos, como a criação da Amazoncitrus, implantada sob minha presidência, que, em ações compartilhadas com Sepror e Idam e a assessoria técnica da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, Bahia, deu nova configuração tecnológica à citricultura extensiva do Amazonas.

Durante o encontro com o secretário Petrúcio Magalhães foram comprometidas ações de máxima prioridade no que pertine, dentre outras, à imediata construção do novo Parque Agropecuário, à reestruturação, dinamização e fortalecimento da assistência técnica e extensão rural; à conclusão do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), tornando prioritárias as vocações econômicas daí resultantes; à recuperação de ramais e vicinais rurais; tornar prioritárias gestões junto ao governo Federal para o asfaltamento das rodovias BR-319, BR-317 e BR-320 (Transamazônica), perímetro urbano, no Distrito Santo Antônio do Matupi, bem como a recuperação e asfaltamento da rodovia estadual Novo Aripuanã/Apuí, dado o importante polo agropecuário e agro florestal que se consolida no Sul do Amazonas.  Expectativa gerada, irrestrito comprometimento, espera-se agora que o setor efetivamente se una em torno da consolidação das metas priorizadas.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

O interior de Rondônia não valoriza seus museus

Prédios abandonados e fechados à visitação pública.

Leia também

Publicidade