Curaçao, el sol del Caribe

Conseguimos levar à bela ilha caribenha mais de mil amazonenses. Tivemos muitos voos especiais para as mais variadas classes, jornalistas, médicos, engenheiros, empresários, todos que fosse possível.

Foto: Eduardo Monteiro de Paula/Acervo pessoal

Por Dudu Monteiro de Paula

Era 1999. Recebi a visita da senhora Dra. Myreia Troemam, ministra do Turismo de Curaçao, uma ilha no Caribe que fora colônia holandesa (hoje independente), que me convidou para ser o publicitário que coordenadoria a campanha dos 500 anos da ilha com abertura turística do Brasil, que começaria pelo Amazonas.

Importante dizer-lhes duas coisas: quem começou o comércio de escravos no mundo foram os holandeses. Quando vinham da África com o navio cheio de escravos e depois de um longo tempo atravessando o oceano – mais ou menos próximo do Caribe – eram jogados ao mar os mortos e os quase morrendo. Dez anos após, ao passar próximo de onde jogavam os escravos, avistaram fumaça e curiosamente não só tomaram posse da terra, mas tornaram um local para recuperar e fortalecer os escravos para ter um melhor preço de venda. Cruel, mas verdadeiro. Portanto, o nome é referente a terra que cura, Curaçao.

Hoje Curaçao é um país em uma ilha que foi resultado de uma erupção vulcânica com praticamente zero de fonte de água, pouca vegetação e pouquíssimos animais. A água na quantidade de abastecer o local é dessalinizada e custa muito caro.

Apesar disso, sua beleza é indiscutível. De carro você atravessa o país em duas horas, com belas praias e vistas deslumbrantes.

Bom, voltemos a 1999, quando, naquela época, por um bom momento, o câmbio era de 1 pra 1 ou seja um dólar valia um real. Assim, criamos uma grande campanha publicitária usando todos os veículos importantes, incluindo outdoor.

O governo de Curaçao realizava uma vez por semana voo fretado com parada de duas horas em Caracas (Venezuela) e voltando quatro dias depois (ou seja , um fim de semana no Caribe), por meio da companhia aérea Conviasa.

Conseguimos levar à bela ilha caribenha mais de mil amazonenses. Tivemos muitos voos especiais para as mais variadas classes, jornalistas, médicos, engenheiros, empresários, todos que fosse possível.

Pelo volume de passageiros muito grande, começaram também à ir pessoas de todos os pontos da Amazônia, não apenas os amazonenses, e aí a hoje extinta Varig criou um voo para Curaçao dez vezes mais caro e, por lei, o governo da ilha teve que suspender os voos estrangeiros.

Tentaram, em vão, negociar com a Varig, mas, coincidentemente, o dólar “explodiu”, ficando muito mais caro. O investimento mensal chegava a 15 mil dólares. Em outras palavras, acabou a visita para a ilha que “nos curava”.

Hoje Curaçao investe no sul do Brasil, com voos combinados nos veículos que falam de turismo. Para mim, Dudu, esta no ar até agora uma vinheta que gravei em que eu dizia: “CURAÇAO! EL SOL DEL CARIBE”.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuuuuiiiiiii!!!!!

Sobre o autor

Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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