Imagem ilustrativa gerada por meio de IA
Por Estevão Monteiro de Paula*
Em uma floresta exuberante, vivia uma pequena semente. Chamava-se Esperança. Ela sonhava em se tornar uma grande árvore, com raízes profundas e galhos que tocassem o céu. Mas a seca havia assolado a floresta e o solo estava rachado e árido.
Esperança tentava de todas as formas germinar, mas a terra seca e o sol escaldante a impediam. Seus amigos, os animais da floresta, a incentivavam: a formiga trabalhadora lhe dizia para não desistir, o sabiá cantava melodias alegres para animá-la e a capivara a convidava para beber água em um pequeno poço que havia encontrado.
Um dia, enquanto buscava por um pouco de umidade, Esperança, entristecida pela possibilidade de não florescer, observa a formiga arrastando uma folha maior que ela e pergunta:
– Formiguinha, você nunca desiste, não é? Como consegue tanta força para carregar coisas tão pesadas?
A formiga para e olha para a Sementinha, com seus olhos brilhantes:
– É simples, Sementinha. O trabalho em equipe move montanhas! E a persistência é a chave para tudo. Mesmo que seja só um pouquinho a cada dia, a gente consegue grandes coisas.
Esperança olha fixamente para a formiga e diz:
– Estou sem força, acho que não conseguirei cumprir a minha missão de florescer. Falta umidade, água para que eu possa absorver nutrientes dos fungos do solo e começar a crescer.
O sabiá que estava pousado em um galho próximo a cantar uma melodia suave, percebendo a tristeza da Esperança, interrompe a canção e pergunta:
– Por que você está tão desanimada, pequena Sementinha?
A Sementinha explica sua situação e o sabiá, com sua voz melodiosa, responde:
– Lembre-se, Sementinha, mesmo nas maiores tempestades, o sol sempre volta a brilhar. Acredite em si mesma e na força da natureza. As raízes mais profundas encontram as melhores águas.
Esperança, a pequena sementinha, apesar de desolada, mas confortada com as palavras dos amigos, continua procurando a umidade para umedecer seu corpo e finalmente alimentar-se dos fungos para germinar.
De repente, Esperança sentiu um tremor no solo. Um grupo de onças, guiadas por uma velha e sábia onça, aproximava-se. A Sementinha se aproxima e, com voz tímida, pergunta:
– Senhora Onça, você acredita que eu possa encontrar água? A seca está tão forte.
A onça, com um olhar sábio, responde:
– Pequena Sementinha, não desanime, a natureza é cheia de surpresas. A vida sempre encontra um caminho, se você buscar com determinação encontrará o que precisa. Busque nas profundezas da terra, onde a água ainda pode ser encontrada.
A onça se agacha e, com sua pata macia, afaga a cabeça da Sementinha, transmitindo-lhe força e confiança.
Inspirada pelas palavras e a atitude da onça, Esperança começou a cavar com todas as suas forças. Seus brotos se aprofundavam cada vez mais, até que, finalmente, sentiu a umidade da terra. Com grande esforço, suas raízes alcançaram uma veia d’água subterrânea.
A partir dali, Esperança começou a crescer forte e saudável. Seus galhos se estenderam em direção ao sol, e suas raízes se fixaram profundamente no solo. Logo, uma pequena árvore surgiu no meio da floresta seca, trazendo vida e esperança para todos os seres que ali viviam.
Moral da história:
Mesmo diante das maiores dificuldades, a esperança e a perseverança podem nos levar a alcançar nossos objetivos. Assim como a pequena semente, podemos superar qualquer obstáculo e florescer, trazendo alegria e beleza para o mundo.
Feliz ano novo!!!
*Observação: Este texto foi escrito por meu irmão Estevão e gentilmente cedido para fazermos uma reflexão sobre este dia.
Sobre o autor
Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista