Trinta e nove milhões, quatrocentos e quarenta e sete mil minutos de vida

Tive a sorte e oportunidade de, através daquilo que pude ter em meu conhecimento, viajar o mundo mesmo que este mundo fosse o meu. Como a "lei da vida" é aprender sempre! E tenho feito o meu "dever de casa"!

Foto: Reprodução/Amazon Sat

Por Dudu Monteiro de Paula

Saindo de uma escuridão, enxergo uma luz que cresce em alta velocidade e subitamente ela fica tão intensa que vou lentamente me adaptando a ela. E se desenha diante meus olhos um anjo (minha mãe) com um sorriso doce, belo, um abraço firme, mais suave. Ele me gira lentamente e me coloca de frente a outro anjo (meu pai), que também sorri e me afaga com carinho.

Isto aconteceu no dia dois de junho de 1950, às 12 horas e 42 minutos. Eu nasci em uma maternidade na cidade de Recife, em Pernambuco. Sou o terceiro filho de quatro irmãos e, como minha mãe é pernambucana, ela queria que um dos seus filho fosse pernambucano. Fui escolhido para que este desejo fosse realizado, mas fique por lá apenas 42 dias de minha recém adquirida vida e só fui conhecer Recife aos 22 anos.

E nem posso dizer que conheço a cidade. Eu apenas passei por lá. Sou, na prática, amazonense, pois absolutamente tudo que sei e conheço é neste meu amado Amazonas.

Durante os primeiros anos de nossa vidas tudo que necessitamos é muito amor das pessoas que nos cercam e assim ocorre até quando iniciamos a nossa vida escolar. Lá vamos lentamente aprendendo que necessitamos ter um bom emprego, uma casa, uma família, uma profissão e novos amigos.

No decorrer de nossa existência, com o passar dos anos, vamos conquistando novas aventuras e adquirindo o conhecimento que deverá nos conduzir a novos destinos e vamos nos adequando.

Muitas vezes somos levados a outros lugares, hábitos, costumes bem diferentes do que aprendemos e alguns que incorporamos em nossa vida.

Tive a sorte e oportunidade de, através daquilo que pude ter em meu conhecimento, viajar o mundo mesmo que este mundo fosse o meu. Como a “lei da vida” é aprender sempre! E tenho feito o meu “dever de casa”!

Mas, depois de trinta e nove milhões, quatrocentos e quarenta e sete mil minutos, ou seja, 75 anos de vida, concluí que o que mais necessitamos é exatamente como no começo: o amor de seus entes queridos, pais, filhos, netos, amigos e de todos que te cercam.

Portanto, lute para conquistar os seu bens materiais, mas nunca esqueça de fazer amizade. Viva a vida!

Sobre o autor

Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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