Invista em tecnologia, mas lembre-se do ser biológico

Quando você entende que o marketing vai muito além dos limites estratégicos de campanhas digitais e publicitárias, consegue enxergar um campo muito amplo de combinações estratégicas para o seu negócio.

Em meu artigo anterior eu falei sobre o avanço benéfico da tecnologia e como isso também é estratégico para o marketing da sua empresa. Se você não leu, recomendo que leia antes neste link aqui ( Gestão de Relacionamento ), pois neste artigo eu complemento minha visão sobre a tecnologia como estratégia de marketing.

Quando você entende que o marketing vai muito além dos limites estratégicos de campanhas digitais e publicitárias, consegue enxergar um campo muito amplo de combinações estratégicas para o seu negócio, facilitando por exemplo o processo de compra e venda, visibilidade de seu empreendimento, branding espontâneo, entre outros benefícios.

Em uma pesquisa feita pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a proporção de cargos vagos por aposentadoria no serviço público que poderiam ser extintos ou substituídos por serviços digitais alcançou 27%, ou seja, automação! Tecnologia! Onde, inicialmente, pode-se ter um custo relativamente alto, mas nunca será superado por um humano, sem contar outras variáveis como erros humanos, imperícia, improdutividade etc.

Quando falamos em automação e tecnologia, automaticamente me vem à mente dois conceitos que discutiremos em outros artigos. O primeiro deles, o Lifelong Learning, que é basicamente um conceito de aprendizagem contínua dentro de seus interesse e limitações, diante do avanço da tecnologia e mudança social o constante aprendizado, faz-se necessário para mantermos a competitividade no mercado. 

E o segundo é micro learning, onde você procura estudar, informar-se ou cursar algum assunto específico, por exemplo contabilidade para agências de publicidade. Você não precisa dedicar quatro anos da sua vida para aprender algo muito específico.

Foto: Divulgação

Voltando ao serviço público, com o passar dos anos os próprios governos entendem como a tecnologia auxilia, facilita e agiliza o serviço público que é, por natureza, complexo, lento e burocrático. Essa realidade tem mudado, quem dirá as empresas privadas que possuem toda liberdade para decidir qual caminho seguir, qual tecnologia melhor se adapta a sua realidade etc.

Ok, você deve estar pensando algo como: O que fazer com os colaboradores que serão “substituídos” pela tecnologia?! Lembra dos conceitos que falei? Pronto! Você pode realocar e requalificar aos moldes de sua necessidade. Em conjunto com o RH, entenda as habilidades e especificidades de cada colaborador levando em consideração a cronobiologia, onde ele tem mais afinidade com o horário de trabalho e consequentemente a produção dele. Cronobiologia também é assunto para outro artigo.

A melhor mão de obra certamente é aquela em que está alinhada com as necessidades da empresa, mas para que isso seja uma prioridade para ele, o ser biológico precisa estar confortável dentro dos seus melhores horários de funcionamento, todo ser biológico possui seu ciclo circadiano, e é isso que você precisa saber.

Ciclo circadiano, também conhecido como ritmo circadiano, é o mecanismo pelo qual nosso organismo se regula entre o dia e a noite. A partir dele, nossos processos fisiológicos são comandados para que nosso corpo consiga acordar, sentir fome, estar ativo, ficar com sono, e assim por diante.

O período de 24 horas, ou seja, o dia completo é que dita o nosso ciclo circadiano, algumas pessoas conseguem “funcionar” melhor durante o dia, e outras durante a noite, e esse processo é regulado por vários fatores, incluindo a genética. Existem três perfis que definem os horários ideais de cada ser biológico.

Leão – Geralmente acorda entre 4h e 5h e já está disposto para trabalhar, tem o pico de disposição até 11h, necessita do cochilo pós almoço, e a letargia lhe consome de tarde, indo dormir entre 20h e 21h.

Urso – Geralmente acorda entre 7h e 8h, pico de disposição pela manhã e tem gás ainda pela tarde, indo dormir por volta de 22h e 23h.

Lobo – Geralmente acorda entre 10h e 11h, extremamente letárgico, não precisa de cochilo no almoço, ficando disposto ao cair da noite, preferindo produzir em alguns casos invadindo a madrugada, indo dormir passado de 00h.

Seu RH não compreendendo sobre ciclos circadianos certamente nunca fará uma contratação de excelência, sempre terão funcionários insatisfeitos com algo, porém sem entender o motivo, pois na medida que o sono o consome, outros sentimentos surgem por essa privação do sono, muitos casos, sentimento de perseguição, indisposição, desmotivação, irritabilidade etc.

Imagine uma equipe de TI cheia de “lobos” tendo que bater ponto 8h, como será a disposição desse time? Terão os melhores resultados? Pense nisso, analise sua equipe, suas contratações e lembre-se, o mercado não espera.

Sobre o autor

Aldo Melo é mercadólogo, Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, MBA Executivo em Administração e Negócios, Especialista em Neuromarketing e Fundador da Agência Conectar – Comunicação e Marketing.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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