Como organizar as finanças antes de empreender

“O primeiro caminho é organizar as finanças pessoais. Principalmente, se você tem o desejo/vontade de empreender e precisa capitalizar antes de começar, de fato, a jornada empreendedora”

Algumas vezes comentei aqui na coluna sobre a importância e, claro, necessidade em manter o controle e planejamento financeiro pessoal. Principalmente pelo motivo de que a irresponsabilidade financeira no âmbito doméstico pode impactar profundamente a gestão financeira de um negócio.

É fundamental existir a muralha da China. A separação entre o dinheiro pessoal e o do negócio. Justamente para evitar a pressão em aumentar resultados no negócio ou, ainda, de gerar alguns desfalques (mesmo que momentâneos) no caixa da empresa para cobrir despesas pessoais.

Foto: Pixabay

Costumo dizer que as estratégias e técnicas, tanto de organização pessoal quanto empresarial, são parecidas. Mas, parece ser mais fácil organizar os negócios do que o orçamento doméstico. Parece que a pressão em ter uma empresa “bagunçada” preocupa mais do que a própria casa ser uma “zona”. E esse compromisso aparenta cobrar respostas imediatas.

Um dos motivos para isso é que o negócio gera mais responsabilidade que o descontrole pessoal. Afinal de contas, gastar o próprio dinheiro de forma perdulária não impacta ninguém (ou parece que não) enquanto que a empresa pode impactar diversas famílias que precisam daquele resultado.

Se você se identificou, hora de prestar mais atenção e ter mais cuidado com as decisões financeiras.

O primeiro caminho é organizar as finanças pessoais. Principalmente, se você tem o desejo/vontade de empreender e precisa capitalizar antes de começar, de fato, a jornada empreendedora.

E para fazer isso, uma forma simples de organizar é através do método dos potes. Esse método consiste na categorização de despesas e provisionamento dos gastos. Para cada pote você coloca o nome da despesa que ele se refere (moradia, alimentação, transporte, saúde, lazer e etc).

Dentro de cada pote você deve colocar o valor necessário para a quitação das despesas envolvidas. Assim, a percepção de equalização das despesas se torna mais possível. Pois será mais acessível encontrar quais despesas estão fora de sintonia.

Perceba que esse modelo demanda mais atenção, esforço e disciplina. Em tempos de tecnologia, pode parecer um retrocesso. Mas o grande detalhe desse modelo é justamente para “forçar” um estímulo maior à participação ativa na gerência dos gastos.

Além do mais, se torna possível perceber os impactos de usar o dinheiro de uma despesa com outra coisa e assim virar uma bola de neve.

Veja que esses mesmo potes podem ser usados na gestão financeira da empresa. Com a adaptação das categorias e definições, logicamente.

Valorize o seu dinheiro! Esse é o jeito baré de empreender. 

O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete, necessariamente, a posição do Portal Amazônia.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade