O fim da poupança

Com a última decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM), ficou estabelecida a nova taxa SELIC no Brasil em 3% ao ano. O que influencia, praticamente, todas as taxas de juros no país.

Hoje, temos na poupança uma rentabilidade de pouco mais de 2% ao ano. Desde 2012, os depósitos em poupança passaram a render 70% da Selic mais a taxa referencial (que nos últimos períodos tem ficado zerada).

Guardar ou, ainda, investir dinheiro na poupança é uma das mais antigas modalidades de investimentos no Brasil, tendo surgido em 1861 através de um decreto de D. Pedro II. E a prática foi ganhando destaque ao longo dos anos, principalmente entre as classes mais baixas.

Ao final de 2019, os saldos em conta poupança somavam mais de 800 bilhões de reais, uma quantia bem razoável, não é mesmo?

Desde 2016, com o início dos cortes na taxa básica de juros, temos um cenário cada vez mais catastrófico para a poupança. Isso por causa da rentabilidade que tem sido reduzida, enquanto ainda temos uma inflação considerável.

Isso fez surgir a expressão "deixar o dinheiro na poupança é perder dinheiro". Mas o que isso significa?

Na realidade, o certo seria dizer que os saldos depositados em poupança perdem poder de compra. Com uma taxa de inflação acima da rentabilidade da poupança temos o cenário em que mesmo rendendo, o dinheiro que você ganha na poupança é insuficiente para comprar os produtos e pagar pelos serviços do dia-a-dia.

Veja bem, o fato de a poupança não ser uma alternativa atrativa para o seu dinheiro, não significa que você deva parar de poupar. Não podemos confundir o ato de guardar dinheiro com a modalidade de investimento.

Porém, devemos buscar alternativas mais viáveis para manter o nosso dinheiro guardado. Hoje, temos no Tesouro Direto uma excelente alternativa para os investimentos em renda fixa.

Se o cenário de manutenção de juros baixos continuar no Brasil, dificilmente a poupança voltará a ter um protagonismo entre os tipos de investimentos.

Mas lembre-se, não deixe de guardar dinheiro! Seja previdente e responsável.

Esse é o jeito baré de empreender. 

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