A onda do ESG na Amazônia

A sigla para ambiental, social e governança corporativa reúne pilares que reforçam os compromissos com o meio ambiente, com as pessoas e com as práticas empresariais.

Já ouviu falar em ESG? Sigla, em inglês, para ambiental, social e governança corporativa. Em outras palavras, pilares que reforçam os compromissos com o meio ambiente, com as pessoas e com as melhores práticas empresariais.

Desde o início de 2020, esse tornou um tema super relevante de Wall Street até decisões políticas e de empreendedorismo. Um mercado enorme em amplo crescimento. E que temos grande apelo aqui na Amazônia.

Grandes bancos no Brasil criaram rankings para avaliar o desempenho em ESG das empresas que buscam crédito e, conforme a maturação no tema, conseguem taxas menores. Ao redor do mundo foram criados fundos de investimentos para investir em empresas ESG. Tudo isso mostra como esse tema deve ser um trending topic (tendência) para o futuro próximo. 

Foto: Reprodução/internet

Afinal de contas, se estamos “no meio da floresta” como falar de responsabilidade ambiental sem ser incluídos na discussão?

Já há muito tempo que temos por aqui iniciativas que se apoiam no tema ambiental. Da agricultura ao artesanato que ajudam a manter biomas, ecossistemas e gerar renda para comunidades ribeirinhas.

Acredito, fortemente, que por aqui não faltam oportunidades de empreender nessa área. Recentemente, tive a oportunidade de ministrar um laboratório de finanças para empreendedores e o grupo era bem diversificado.

De cabelereiro que só usava produtos naturais produzidos por aqui, passando por uma empresa de monitoramento que usava sistemas de energia solar, empresa de coleta de lixo e uma empresa de turismo de base comunitária (o qual eu nunca tinha ouvido falar antes).

Se você também não conhece, o Turismo de Base Comunitária é uma maneira de promover um turismo mais justo, colocando a população local como protagonista, promovendo sustentabilidade social e ambiental das atividades. Mais ESG que isso impossível!

Vejo um grande potencial para as empresas locais abrirem os olhos para essa temática, não apenas do ponto de vista capitalista, mas para criar um futuro mais sustentável e perpetuar negócios criativos e responsáveis.

Uma pergunta que fica: é possível tornar qualquer negócio em ESG?

Depende. O ESG não pode servir apenas de vitrine e ser uma medida de fachada. Precisa ser uma política, valor e cultura do negócio. Cada vez mais os consumidores são fidelizados por alinhar convicções e filosofias com marcas e negócios.

Essa é a ideia. Por uma Amazônia verdadeiramente ESG! Ainda vamos voltar nesse tema. 

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