SUS no Amapá vai ofertar remédios à base de plantas medicinais

Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do Amapá contarão com mais uma opção de tratamento, além da medicina tradicional. Agora, a rede de saúde do Estado vai disponibilizar o uso de plantas medicinais e fitoterápicos. Para isso, foi assinado na última semana, um Termo de Cooperação Técnica e Científica entre a Secretaria de Estado da Saúde, a Universidade Federal do Amapá e o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do estado (Iepa).

Os fitoterápicos são feitos com sacaca e óleo de andiroba. O instituto já produz esses remédios, chamados de “unguento de andiroba” e “tintura de sacaca”. O público-alvo do programa são idosos que apresentam quadros de inflamação e pequenas lesões. Na saúde humana, o óleo de andiroba é um anti-inflamatório, enquanto a sacaca reduz o teor de gordura no sangue.

A implantação vem para ampliar as opções terapêuticas na recuperação e manutenção da saúde dos amapaenses. O novo meio de tratamento será ofertado no Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis), com a disposição de medicamentos fitoterápicos, tendo como matéria-prima, plantas da região amazônica.

A assinatura do termo faz parte de um projeto piloto que visa à implantação do uso de plantas medicinais e fitoterápicos na rede SUS, no Amapá. Segundo a coordenadora do projeto, Juliane Esbizero, os medicamentos serão para pacientes já em tratamento. “Como a maior parte dos usuários do Cerpis é de idosos, os fitoterápicos que serão fabricados são para esse público. Por isso que a funcionalidade é para amenizar dores e inflamações”, ressaltou.

O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde e deve estar à disposição da população, de forma gratuita, dentro de um ano e seis meses. Nesse período, será captada a matéria-prima e feita a capacitação dos profissionais responsáveis pela prescrição dos medicamentos. 

Foto: Reprodução / G1 Amapá

Fitoterápicos

Inicialmente, a oferta do serviço contará com cinco produtos: dois fitoterápicos regionais que serão produzidos pela farmácia de manipulação do Iepa e outros três fitoterápicos industrializados, que constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

“Dois desses produtos já são manipulados e comercializados pela farmácia do Iepa. Com a parceria, vamos aumentar a produção para disponibilizar 400 unidades/mês de cada um dos medicamentos”, adiantou o diretor do Iepa, Jorge Souza.

Os fitoterápicos que serão fabricados e manipulados pelo Iepa, são:

– Pomada de andiroba (Carapa guianensis) – uso tópico: indicado como anti-inflamatório;

– Tintura da Sacaca (Croton cajucara) – uso oral: indicado como redutor do teor de gordura no sangue (colesterol e triglicérides).
Os fitoterápicos industrializados elencados na Rename que fazem parte do projeto, são:

– Garra do diabo (Harpagophytum procumbens) – uso oral em cápsulas: indicado como anti-inflamatório e no tratamento da dor lombar baixa aguda e como coadjuvante nos casos de osteoartrite;

– Unha de gato (Uncaria tomentosa) – uso tópico em gel: indicado como anti-inflamatório e de ação imunomoduladora, auxilia nos casos de artrites e osteoartrite;

– Isoflavona de soja (Glycine max) – uso oral em cápsulas: indicado como auxiliar no alívio dos sintomas do climatério.

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