Médico investe R$ 4 mil para incluir desenhos 3D em enfermaria pediátrica no Acre

As paredes da sala de observação pediátrica do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, receberam desenhos em 3D e foram transformadas em um verdadeiro painel infantil. A iniciativa foi do médico Rondney Brito, chefe do Serviço de Pediatria da unidade.



Segundo informações do G1 Acre, com a ideia de levar um pouco de alegria para as crianças que ficam internadas na ala de pediatria da unidade, o médico resolveu custear a pintura no valor de quase R$ 4 mil. E, segundo ele, o esforço valeu a pena e já é possível perceber os resultados.



Há cerca de uma semana, os pequenos pacientes que ficam internados nos oito leitos da enfermaria convivem com os personagens do desenho “Procurando Nemo” e o fundo do mar no quarto.

“A enfermaria era toda de uma cor só, assim como todo o hospital. Então, as crianças entravam e tinha toda aquela questão de insegurança e medo por estar em um hospital. Por isso, tivemos a ideia de fazer um ambiente mais criativo, mais harmônico para que elas se sentissem mais à vontade. Tirar essa seriedade de hospital. E já dá para perceber, as crianças começaram a sentir mais confortadas”, disse o médico.

Depois de ver a alegria no olhar das crianças com os desenhos, o médico conseguiu sensibilizar outros colegas da unidade, que se uniram para comprar uma televisão e instalar na enfermaria para os pequenos assistirem desenhos. “Eles abraçaram essa ideia”, comemorou.
O hospital tem duas enfermarias pediátricas e o médico afirmou que essa foi escolhida por se tratar do primeiro contato das crianças com a unidade.

“A ideia é a gente estender a pintura para a outra enfermaria que tem no hospital. Escolhi essa, porque é a sala onde as crianças ficam aguardando a avaliação do pediatra. Essa sala é o primeiro contato que a criança tem com o hospital e queria que elas se sentissem mais acolhidas”, falou.

No dia do médico, comemorado nesta sexta-feira (18), Brito lembra que o médico, além de ser essencial no trabalho de prevenção e tratamento de doenças, pode fazer a diferença para a sociedade.


“Como a gente trabalha com criança, fica bem mais sensibilizado, porque é um paciente totalmente diferente do convencional. Não envolve só a criança e sim toda uma família. Entendo que a medicina é uma vocação. O pouco que a gente tem, dá para tentar ajudar, dividir, porque às vezes a gente gasta dinheiro com tanta coisa supérflua e acaba esquecendo do essencial”, concluiu.