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Quinta, 25 Abril 2024

Com 3,1 mil infectados por covid-19, 181 mortes e taxa de ocupação de leitos perto de 100%, instituições pedem lockdown no Maranhão

SES-prona

Mesmo com políticas públicas de distanciamento social, isolamento horizontal e quarentena, os números de casos confirmados da covid-19 no país não param de aumentar. Alguns estados que fazem parte da Amazônia estão em situação crítica, principalmente pela alta demanda de infectados precisando de assistência médico-hospitalar, e os números de leitos tem sido insuficiente para atender a população que precisa.


No Amazonas, segundo dados divulgados na última semana pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam), 96% dos leitos estão ocupados. No Pará, também segundo a secretária de saúde (Sespa), 90% dos UTIs estão ocupados e no Maranhão, nos últimos dias chegou a 100% das vagas ocupadas na rede hospitalar de São Luis, caiu para 79% com as novas ofertas de leitos.


Manobra Prona realizada pelo Hospital Genésio Rêgo utiliza para melhorar oxigenação de pacientes com Covid-19. (Foto:Divulgação/EMSERH-MA)


Como os dados de internações alternam muito devido a óbitos e altas médicas, as taxas de ocupação variam. E nesse sentido, é que os governos se mobilizam para conter o avanço da doença e prolongar os picos que ocasionam colapsos no sistema de saúde. E uma das medidas para reforçar essa contenção e que está sendo cogitada tanto pelo poder público quanto por órgãos privados e de assistência a saúde é o 'lockdown'.

Na prática o 'lockdown' é uma paralisação dos fluxos de descolamento, ou seja, uma quarentena mais dura e que proíbe a circulação de pessoas com força do estado.

Lockdown no Maranhão

No Maranhão, até esta quinta-feira (29) eram 3.190 infectados em 78 municípios do Estado. O número de mortes chegava a 184 pessoas. Outros 8.171 pacientes são suspeitos para a doença, 191 pacientes estão internados em leitos de UTI e 340 em leitos de enfermarias. Os dados são da Secretaria de Saúde do Maranhão (SES).


Em ofício encaminhado ao governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), o Sindicato dos Estabelecimentos Prestadores de Serviços de Saúde de São Luís (Sindhosp) ressalta que os números de atendimentos já ultrapassam a capacidade da rede de saúde privada e pontua sobre a baixa adesão da população sobre as medidas de proteção e permanência em isolamento domiciliar, e pede medidas mais enérgicas para contenção das pessoas a fim de desafogar a rede hospitalar.




Em carta, o Hospital São Domingos de São Luis, no Maranhão, também defendeu um posicionamento mais intenso do governo para diminuir os casos de infectados pela Covid-19 no Estado.



"nos vimos na necessidade de chamar a atenção das instituições governamentais e da sociedade para a necessidade de adoção de medidas mais assertivas de distanciamento social diante do crescente e incontido aumento da demanda por atendimento de emergência com necessidade de internação hospitalar", diz um trecho da carta.


À Secretaria de Saúde do Maranhão, o Hospital São Domingos sugeriu em ofício o lockdown.




Na última segunda-feira (27), o governador Flávio Dino falou, em coletiva on-line, sobre as ações e importância do cumprimento das medidas protetivas para o enfrentamento da covid-19 no Estado, que tem previsão de pico para o mês de maio.

"Estamos mais próximos de decretar lockdown do que liberar a volta do comércio. Nenhum sistema em todo o mundo suportou a grande demanda causada pelo coronavírus. Por isso, continuamos incentivando a população a cumprir o isolamento social para evitarmos a adoção de medidas ainda mais restritivas", alertou o governador


Nesta quarta-feira (29), o governador desmentiu um notícia falsa que está circulando em grupos de whatsapp e outras redes sociais sobre um lockdown na capital, São Luis, a partir desta sexta-feira (1). Veja a nota na íntegra.


O Governo do Maranhão informa que são falsas as notícias difundidas em grupos de WhatsApp sobre decretação, nesta quinta-feira, de lockdown (bloqueio total) em São Luís. Ainda não há qualquer decisão sobre o tema. Se e quando houver, será divulgada nos canais oficiais.


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