Cultura está sendo inserida no Projeto Hortifruti (HF), já desenvolvido em nove das 17 comunidades indígenas da capital
A batata-doce é um tubérculo de fácil cultivo, com mínimo controle de pragas e que pode ser produzida o ano todo. Foi pensando nisso que agricultores indígenas decidiram iniciar a produção. Esta semana, o plantio começou em uma área de meio hectare, na Comunidade Indígena da Ilha, na região do Baixo São Marcos. A cultura está sendo inserida no Projeto Hortifruti (HF), já desenvolvido em nove das 17 comunidades indígenas da capital.
Nas comunidades Ilha e São Marcos está sendo implantado o projeto HF com a inserção da cultura da batata-doce. Nas comunidades que já têm o projeto, a meta é renovar as áreas e também iniciar o plantio.
São elas: Darora, Vista Alegre e Mauixi, que já foram renovadas, e Serra da Moça, Morcego. Serra do Truaru e Campo Alegre, que serão renovadas para receber a lavoura do tubérculo. A ideia é implantar a cultura em todas as Comunidades que quiserem ter acesso ao projeto.
Os agricultores de Boa Vista produzem com o apoio da prefeitura por meio do Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), em média, 20 toneladas por hectare, ultrapassando a média nacional que é de 16 toneladas por hectare. A produção indígena trará um reforço ainda maior na produção.
Lindalva Moraes, primeira tuxaua da Comunidade da Ilha, espera bons resultados do projeto. “Estou torcendo, tenho certeza desses resultados, é uma oportunidade que a prefeitura está oferecendo, então temos que aproveitar e trabalhar. São insumos, a irrigação, então acredito que para a comunidade os resultados serão os melhores”, finalizou.
Projeto HF
O Projeto Hortifruti foi o primeiro no estado de Roraima a ofertar a tecnologia da fertirrigação para lavouras em comunidades indígenas. De 2019 para cá, nove comunidades vêm sendo atendidas, podendo melhorar a renda familiar e ter também um complemento saudável para a alimentação.