Os índices de vacinação contra a febre aftosa foram de quase 100% na Ilha do Marajó na etapa de 2017, segundo o levantamento da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). Em rebanhos, a vacinação foi de 97,93% e em propriedades 94,21%.
A etapa teve como alvo 15 municípios do Marajó, com meta de imunizar 572.420 animais em três mil propriedades cadastradas. No arquipélago, a vacinação é realizada em período diferenciado, com duração de 60 dias, devido às condições específicas de solo, clima e regime de chuvas da região.
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“O índice alcançado está dentro do esperado. Dentro das especificidades do Marajó, os números foram positivos e acima do que preconizam a Organização Mundial de Saúde Animal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que é o alcance acima de 90%. Mais uma vez o Pará está garantido a defesa sanitária animal”, comentou o diretor geral da Adepará, Luiz Pinto.
Para o gerente regional de Soure, Alacid Nunes Filho, a vacinação no Arquipélago do Marajó é sempre um desafio, porém o trabalho das equipes da Adepará contribui para que a campanha seja um sucesso. “Muitas vezes as equipes ficam fora de casa por até uma semana, dormindo em barcos e só voltam quando o serviço está cumprido. É uma superação esse período, que vale a pena quando vemos o índice alcançado”, destacou o gerente.
Livre da Aftosa sem vacinação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já apresentou o plano para retirada da vacina em todo o país, e até 2023 o Brasil deve conquistar o status de zona livre da aftosa sem vacinação. O novo desafio é tornar o Pará zona livre de febre aftosa sem vacinação até 2022.
“É um desafio que está posto para os estados, e o Pará está pronto para chegar ao status de livre da aftosa sem vacinação. A Adepará está empenhada em alcançar esse objetivo”, ressalta o diretor.
A retirada gradual da vacinação já iniciou na segunda etapa de vacinação, que está ocorrendo este mês, sendo que apenas animais de 0 a 24 meses de idade deverão ser vacinados. “O sucesso da retirada da vacinação depende da aplicabilidade bem sucedida das estratégias da campanha. A transição de categoria para ‘sem vacinação’ favorece a abertura de novos mercados, principalmente para exportação”, destaca Luiz Pinto.
O Pará livre da febre aftosa sem vacinação vai garantir a abertura de mercados em todo o mundo, já que a população paraense consome apenas 30% da produção de carne bovina do Estado, os outros 70% que sobram são destinados à exportação. Alguns países, como Japão, não importam carne de países que ainda vacinam. “A aquisição desse status representa ganho de mercado e fortalecimento da nossa vigilância sanitária. Agora é discutir junto com o setor questões técnicas, de logística e até de exportação para que o país saia mais fortalecido deste processo”, afirma Luiz Pinto.
Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.