Rondônia confirma ausência da monilíase do cacaueiro; entenda como previnir a praga

Causada pelo Moniliophthora roreri, o fungo ataca diretamente os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro

Porto Velho segue livre da monilíase do cacaueiro, doença de relevante impacto econômico, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que ataca diretamente os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro. A confirmação da ausência da praga foi feita, por meio de uma equipe técnica da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – Idaron, na Capital, formada por profissionais provenientes de oito municípios do Estado, que realizou inspeções em cerca de 200 propriedades rurais e urbanas de Porto Velho.

Durante quatro dias, de 12 a 16 de junho, a equipe esteve em contato com produtores rurais e demais pessoas que mantém cultivo de cacau ou de cupuaçu em suas propriedades.
A equipe esteve em contato com produtores rurais e pessoas que mantêm cultivo de cacau ou de cupuaçu – Foto: Governo de Rondônia

Fiscalização 

A ação foi realizada em Porto Velho devido à proximidade da região com áreas onde já foram confirmados casos da monilíase. Nas demais regiões do Estado as ações continuam a ser realizadas pelos servidores da Idaron, que já fiscalizaram mais de 800 propriedades. O coordenador do Programa de Vigilância e Controle de Pragas da Idaron, João Paulo Souza Quaresma, destacou que, “o trabalho certifica que Rondônia continua livre de monilíase. Não detectamos nenhum sinal da doença”.

O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, enfatizou que, “no ano de 2021, focos da praga foram detectados nos municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no Acre; e em novembro de 2022, nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no Amazonas. Desde então, Rondônia foi classificado em estado de emergência fitossanitária pelo Ministério da Agricultura, por isso redobramos os esforços para evitar a introdução da doença no Estado”. 

Medidas preventivas 

Além da inspeção em cacaueiros e cupuaçuzeiros, o trabalho desenvolvido pela Idaron incluiu a orientação aos moradores sobre as medidas de prevenção relacionadas à monilíase. 

“A principal orientação é que os rondonienses evitem trazer frutos, amêndoas e mudas de cacau e cupuaçu dos estados onde foram detectados focos da praga. Em caso de dúvida, o cidadão pode procurar a unidade da Idaron mais próxima. Sintomas suspeitos de monilíase em plantas de cacau e cupuaçu também devem ser comunicados à Agência, presencialmente ou pelo contato 0800 643 4337”, explicou Julio Peres.

Monilíase

Os sintomas da monilíase nos frutos são: manchas de coloração chocolate ou castanho-escuro, que aparecem entre 45 e 90 dias após a infecção e posteriormente; pó branco envolta do fruto, que aparece de 5 a 12 dias. Esse pó se solta dos frutos em grande quantidade. A praga pode ser levada pelo vento, chuva, insetos e animais silvestres, mas somente através do homem pode ser levada a grandes distâncias, por meio de material contaminado, como roupas, utensílios, sementes, frutos, entre outros. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

1° do Norte: autor amapaense Gian Danton recebe principal título dos quadrinhos no país

Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.

Leia também

Publicidade