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Sexta, 19 Abril 2024

Reserva ambiental do Amapá faz vaquinha virtual para manter 350 animais e não fechar

Reserva ambiental do Amapá faz vaquinha virtual para manter 350 animais e não fechar
Com mais de 350 animais convivendo em meio à natureza, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) – Revecom, que fica no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, passa mais uma vez por dificuldades para manter a alimentação, segurança e manutenção do espaço.




Com um custo mensal de R$ 35 mil, a reserva só consegue reunir cerca de R$ 19 mil que são destinados quase que exclusivamente à compra de alimentos para os animais. De acordo com informações do G1 Amapá, o valor vem de doações particulares e de um convênio com a prefeitura de Santana, mas que está com o pagamento atrasado.




A parceria foi estabelecida em julho desse ano. Sobre o atraso no repasse do convênio, a gestão municipal não deu retorno até a publicação desta reportagem.

A crise financeira da reserva sempre existiu, mas se agravou desde que mineradoras que atuavam no Amapá, deixaram de patrocinar o lugar após saída do estado. Em 2014, a Revecom chegou a doar animais para órgãos ambientais, por não ter como mantê-los.


Foto: Reprodução/Facebook



O cuidado com os animais está ameaçado, pois a administração precisa de recursos para pagar a mão de obra dos trabalhadores que ajudam na manutenção, com salários e encargos. Além de outros compromissos como a energia elétrica e fretes para o recolhimento de doações feitas pelos supermercados, que ofertam restos de frutas e verduras e produtos de limpeza.


Para não fecha as portas, o administrador do espaço, Paulo Amorim, criou campanhas nas redes sociais e uma vaquinha virtual para tentar arrecadar fundos e pagar os poucos profissionais que consegue manter.



“Voltamos a estaca zero. Se o problema continuar sem solução, vou ter que encerrar as atividades, o que seria uma pena. A vaquinha está no ar. A ideia é consegui recursos para pagar o décimo terceiro do pessoal e manter o lugar”, explica Amorim.

Poluição, furtos e caça ilegal.
Foto: Reprodução/Facebook

Sem condições de manter a vigilância, o lugar passou a ser alvo constante de invasões, furtos e de pesca e caça predatória. As principais vítimas são as espécies de peixe que vivem no rio Amazonas, as margens da reserva, e pacas e cutias, cuja carne é consumida e vendida ilegalmente na região.
Em fevereiro, parte da área foi poluída com lixo trazido pela maré do rio aos cerca de 450 metros de praia.| São plásticos, vidros e outros objejtos jogados pelos próprios moradores que ficam ao redor da reserva.
"Já encontramos aqui peixes mortos com o abdômen, após autópsia, mostrando que ele havia se alimentado de plástico", disse Amorim.Animais em recuperaçãoApesar das dificuldades, a Revecom continua ajudando animais a serem reintroduzidos na natureza, como o caso de uma coruja intoxicada por veneno de rato. Com tratamento adequado, a ave se recuperou e voltou ao seu habitat.
Na sexta-feira (25), um filhote de tucano-de-bico-preto foi resgatado e encaminhado para a reserva após ser achado no quintal de uma casa no município de Ferreira Gomes, a 137 quilômetros da capital. O animal silvestre teria se perdido da mãe.

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