Manaus 30º • Nublado
Quinta, 18 Abril 2024

Mato Grosso no topo da lista dos Estados da Amazônia Legal que mais desmataram

Mato Grosso no topo da lista dos Estados da Amazônia Legal que mais desmataram
Satélites geoestacionários fotografam a Amazônia diariamente atrás de indícios de desmatamento ilegal, avanço da pecuária e de áreas ilegais de mineração. Segundo relatório do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), de agosto de 2016 a março de 2017, satélites detectaram o desmatamento de 1358 km² de floresta amazônica.

Em comparação ao mesmo período do ano passado o Estado do Acre foi o que o que teve o maior aumento percentual. Foram 30% mais áreas desmatadas do que no passado. Entretanto esse aumento representa menos de 1% do desmatamento que ocorreu no período.

Mato Grosso se destaca do grupo, com 405km² de floresta desmatada e 3075km² de área degradada, uma posição preocupante, levando em consideração que o segundo lugar, o Estado do Pará, teve 394 km² desmatados e 271km² de floresta degradada.
Foto: Divulgação/Greenpeace

Enquanto o desmatamento diminuiu levemente na Amazônia Legal, com uma variação de -4%, a degradação de áreas verdes aumentou 22% em relação ao mesmo período do ano passado.

Conforme a pesquisa, em fevereiro e março de 2017 a maioria do desmatamento, 81%, ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse.  O estudo mostrou ainda que 14% do desmatamento ocorreu em unidades de conservação e 5% em assentamentos de reforma agrária.  Não houve ocorrência de desmatamento em terras indígenas nesse período.

Em 2015, o Ministério do Meio Ambiente publicou dados apontando que de 2006 a 2015 o Mato Grosso reduziu em 87,2% o desmatamento, saindo dos alarmantes 11.814 km² para 1.508 km², respectivamente.

Conflitos agrários


Levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), publicado nesta terça-feira (25), aponta que mais de 26% dos municípios mato-grossenses tiveram algum tipo de conflito envolvendo a posse de terras. Na lista está Colniza, o município onde nove trabalhadores foram assassinados por um grupo ainda esta semana. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmou, em nota, que a área rural não é um assentamento regularizado pelo órgão e que não há projeto de regularização fundiária para o local.

Comparado ao mesmo período do ano passado, o número de ocorrências em disputas agrárias nos municípios aumentou 32%. Os dados colocam o Mato Grosso como o 1º no ranking de Estados com maior número de conflitos agrários do Centro-Oeste e em 6º no ranking nacional.

Veja mais notícias sobre Meio Ambiente.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 18 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://portalamazonia.com/