Estiagem severa: Manaus registra quinta maior seca da história

A capital é uma das 60 cidades do Amazonas afetadas pela seca severa deste ano. Apenas dois municípios do estado estão em normalidade: Presidente Figueiredo e Apuí.

Foto: William Duarte/Rede Amazônica

Com a cota do Rio Negro em 14,41 metros, Manaus registra a quinta maior seca da história, nesta segunda-feira (9). Na cidade, o nível das águas está a 1,41 metro da maior seca, registrada em 2010, quando o rio chegou a descer para 13,63 metros.

A capital é uma das 60 cidades do Amazonas afetadas pela seca severa deste ano. Apenas dois municípios do estado estão em normalidade: Presidente Figueiredo e Apuí.

Com a cota desta segunda-feira (9), a capital registra a quinta maior seca da capital desde 1902, ano em que começou o monitoramento do Rio Negro, no Porto de Manaus, onde uma régua mede o nível das águas diariamente.

Em 2010, na mesma data, o rio media 15,82 metros, ou seja: estava 1,41 metro mais alto.

Uma comparação dos dados também mostra que o rio tem esvaziado mais rápido que em 2010. Neste ano, as águas chegaram a descer 36 centímetros num único dia – 19 de setembro.

Rio Negro vai continuar descendo 

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Rio Negro deve continuar descendo mais duas semanas. No entanto, o nível das águas na capital depende do ritmo do Rio Solimões.

O CPRM avalia que, se o Rio Solimões atingir uma seca recorde em Tabatinga, na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru, a vazante em Manaus poderá superar a marca de 2010.

“Se Tabatinga ultrapassar a mínima histórica essa semana, será quase certo”, 

destacou Jussara Cury, pesquisadora em geociências do CPRM.

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