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Domingo, 28 Abril 2024

Bióloga encontra planta com semente do tamanho de um grão de areia durante expedição no Mato Grosso

Uma semente do tamanho de um grão de areia que germina e se torna uma árvore de flores brancas e frutos cobiçados por muitos mamíferos. A pequenina semente foi encontrada por pesquisadores do Laboratório de Sementes Nativas do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que participaram da primeira expedição do projeto 'Flora das RPPNs Cristalino', realizada em novembro deste ano.

A semente é da planta conhecida como goiaba-de-anta (Bellucia grossularioides), da família Melastomataceae. Pode ser encontrada no Cerrado e na Amazônia e faz parte da alimentação de primatas, cutia, anta, entre outros.

A semente é da planta conhecida como goiaba-de-anta. Foto: Reprodução/UFMT

Quem comemorou o achado foi a bióloga e professora do Departamento de Botânica e Ecologia da UFMT, Patrícia Carla de Oliveira, que fez parte da equipe de cientistas que está estudando a flora das reservas particulares de patrimônio natural – RPPN Cristalino, no norte de Mato Grosso.

Ao todo foram colhidas 43 amostras de sementes e frutos de plantas amazônicas. A pesquisadora diz que essa é hoje a menor semente que fará parte da coleção do Laboratório de Sementes Nativas da UFMT. 

"Boa parte da coleção de sementes até então é formado por sementes de plantas do cerrado e do Pantanal. Com a participação no projeto 'Flora das RPPNs Cristalino' teremos oportunidade de enriquecer os estudos sobre o bioma amazônico", 

destaca.
A planta conhecida pode ser encontrada no Cerrado e na Amazônia. Foto: UFMT

Os estudos de sementes e frutos buscam avaliar as necessidades de cada planta e o que elas suportam em suas mais diversas fases para sobreviverem no ambiente. As pesquisas são indispensáveis em uma região que abriga as maiores naturezas do mundo - maior floresta tropical do planeta, o maior banco genético e a maior bacia hidrográfica.

No Laboratório de Sementes Nativas da UFMT são conduzidas pesquisas sobre sementes nativas e plântulas de espécies do Pantanal, Cerrado e Amazônia, abrangendo desde a caracterização das unidades biológicas, identificação de limites de tolerância a condições adversas, previsões acerca da sobrevivência das espécies em diferentes cenários.

Pesquisadores do Laboratório de Sementes Nativas do Instituto de Biociências da UFMT. Foto: Reprodução/UFMT

"Investigamos o que as sementes de cada espécie precisam para germinar e quais são seus limites de tolerância às condições ambientais. Em geral, é analisado como as sementes respondem à disponibilidade de água no solo, temperatura, iluminação, ocorrências de fogo e também a relação da semente com dispersores",

explicou a pesquisadora.

*Com informações da FEC e UFMT

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