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Terça, 23 Abril 2024

Adepará apreende tomates produzidos no Amapá para impedir contaminação

Adepará apreende tomates produzidos no Amapá para impedir contaminação
As ações sanitárias realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) para combater a praga Bactrocera carambolae, mais conhecida como mosca da carambola, levou à apreensão, nesta segunda-feira (26), de quase 70 quilos de tomates, que saíram do município de Santana, no Amapá, em direção a Almeirim, no oeste do Pará. A carga, que foi detida no Porto de Almeirim, pela equipe de barreira da Adepará, seria comercializada em território paraense.

A apreensão ocorreu porque a legislação não permite que hortifrutigranjeiros, como o tomate (hospedeiro da mosca da carambola), transitem fora do Amapá, pelo fato de o estado ainda registrar ocorrências da praga.


Foto: Reprodução/Adepará

Segundo o engenheiro agrônomo Everaldo Chaves, gerente regional da Adepará em Almeirim, não é possível afirmar se o tomate apreendido estava ou não contaminado. “É preciso entender que há mosca no Amapá, e no Pará não há mais. Por isso, é proibido o trânsito de algumas culturas do Amapá para qualquer estado que não tenha mosca da carambola, como é o caso do Pará, independentemente se a carga está ou não contaminada pela praga”, explicou.

A equipe da Adepará lavrou o auto de infração e os termos de apreensão e destruição da carga. Os tomates apreendidos serão ensacados e expostos ao sol por no mínimo três dias, para acabar com qualquer possível larva da mosca da carambola. “Para complementar a ação, ainda faremos um jato de um tipo de agrotóxico usado no combate à praga, para que esteja garantida a não proliferação em nosso Estado”, informou o gerente.

Educação sanitária


Everaldo Chaves disse ainda que durante a apreensão “realizamos uma ação de educação sanitária, orientando não apenas o transportador autuado, mas também o dono da embarcação, que tem conhecimento sobre a legislação, segundo a qual é proibida a saída desses produtos do Amapá diante do risco de proliferação”.

Para Ivaldo Santana, diretor de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, a manutenção de ações de monitoramento e controle preventivo realizadas pela Agência é importante para que a praga não atinja o território paraense. “Atualmente, a mosca da carambola está restrita ao Amapá, mas por fazer fronteira com o Pará, o risco de contaminação é iminente. Por isso, o cuidado é redobrado, para que a sanidade da nossa produção esteja preservada e a comercialização dos nossos produtos esteja com os mercados garantidos”, acrescentou.

Mosca da carambola

Com o nome científico de Bactrocera carambolae (da família Tephritidae), a mosca da carambola é considerada uma ameaça à fruticultura mundial. Ela ataca várias espécies frutíferas, como carambola, manga, caju, laranja, tangerina e jambo vermelho. Os danos causados podem ser observados diretamente nos frutos, onde os insetos depositam os ovos. As larvas perfuram e consomem a polpa dos frutos, tornando-os impróprios para o consumo. A praga também induz à maturação precoce, queda e apodrecimento do fruto, reduzindo a produção.

Os prejuízos podem causar forte impacto socioeconômico, já que a fruticultura nacional tem grande relevância para a economia do país, com diversos produtos na pauta de exportação. A praga ainda dificulta a exportação de frutas e requer o aumento do uso de agrotóxicos, o que encarece a produção e afeta o meio ambiente.

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