De acordo com o AdaptaBrasil, boa parte da região possui altos graus de vulnerabilidade e insegurança alimentar.
Mais da metade dos municípios da Amazônia Legal, ou seja, 62% deles, não possuem condições e estruturas mínimas para enfrentar as consequências da crise climática, colocando, assim, boa parte da região em altos graus de vulnerabilidade e insegurança alimentar. Os dados são do AdaptaBrasil.
A nutricionista Camila Pedrosa explica que a segurança alimentar se refere ao acesso aos alimentos em qualidade e quantidade suficientes para atender às necessidades dietéticas da população, de maneira geral. E as mudanças nos padrões de temperatura podem impactar diretamente na produtividade das safras.
“Em cada período do ano a gente tem uma disponibilidade de diversos alimentos, a disponibilidade de água tanto no período de seca quanto esse período de muita chuva, também vai modificar os padrões de produção. Então lugares que chove muito e que a gente tem cheias, vai impactar no crescimento e na qualidade dessa produção agrícola”, expõe.
O meteorologista Mamedes Melo avalia que a previsão para os próximos dias na Amazônia Legal é de chuva somente no extremo da região. Ou seja, chuva mais para o norte e noroeste do Amazonas, grande parte de Roraima e Amapá, norte e talvez nordeste do Pará. Não serão chuvas volumosas, mas existe previsão de chuva.
O Mato Grosso é o estado com o maior número de municípios em vulnerabilidade, ou seja, menor capacidade adaptativa de municípios frente aos efeitos das mudanças climáticas, que incluem planejamento, logística e manutenção. Ao todo, são 24 municípios do Estado que passam por essa dificuldade. Em seguida aparecem Tocantins, com 15, e Maranhão com 10.
Fonte: Brasil 61