Layse traz a mulher para tomar o protagonismo das letras no EP “Caso Raro”, trabalho de estreia da carreira solo
O álbum já possui destino certo dentro da música paraense: o brega saudade. Será neste universo romântico que Layse traz a mulher para tomar o protagonismo das letras. Desta forma, as faixas se destacam por deslocar a mulher da posição de objeto de desejo masculino e colocando-a como a voz principal que exprime sentimentos e subjetividade.
“Dentre os gêneros musicais paraenses ligados ao universo da “saudade” (como o brega, o bolero e a guitarrada) as composições, que quase sempre são assinadas por homens, impõem à mulher o papel exclusivo de “musa inspiradora” ou alvo, um mero objeto de desejo do artista apaixonado e retratam em suas letras, quase sempre um ponto de vista machista e ofensivo às mulheres.” defende, Layse.
Além do lirismo das letras, Layse também se destaca dentro do cenário musical se firmando não apenas como intérprete, mas também como compositora, arranjadora, produtora musical e instrumentista. O EP “Caso Raro” também é um trabalho sustentado pelos desafios e estratégias que Layse encontrou ao longo de sua trajetória artística enquanto mulher no norte do país, servindo de representação feminina no cenário musical paraense.
‘Caso Raro’ é um projeto contemplado pelo edital Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura, da Fundação Cultural do Pará, 2020, e conta com as faixas ‘Caso Raro’, ‘Hit de Sucesso’ e ‘Papo Legal’, além da faixa bônus ‘Parece que o mundo vai acabar’, produzida durante o início da pandemia em parceria com Armando de Mendonça Filho.
O projeto será completado no dia, (26), de fevereiro com o lançamento de um podcast em que Layse irá comentar faixa a faixa do álbum, explorando as histórias das canções e da produção em si.