A realidade do metaverso está em constante desenvolvimento e, com isso, o mercado tem investido e utilizado algumas de suas ferramentas para preservar o bioma.
O mercado do metaverso chamou a atenção de todos, principalmente após a mudança do nome da rede social Facebook, para ‘Meta’. O metaverso possui várias ramificações e tem sido abordado em eventos de tecnologia com cada vez mais frequência. Mas, afinal, o que é o metaverso?
É um conceito que tem como objetivo a união entre os mundos real e virtual. Sabe aquela visão futurista que vemos em filmes de distopias tecnológicas, onde o mundo virtual se junta com o dia a dia das pessoas? Em resumo, o metaverso é um ambiente virtual imersivo formado por meio de inúmeras tecnologias, como o caso de ‘realidade virtual’, da ‘realidade aumentada’ e a utilização de hologramas.
Basicamente, quando pronto, as pessoas poderão interagir umas com as outras, trabalhar, estudar, ter uma vida social por meio dos avatares 3D, isto é, uma espécie de segunda realidade.
Para quem achava que isso poderia acontecer apenas em filmes ou jogos, o metaverso traz o que um dia foi apenas ficção cinematográfica para a realidade.
O termo surgiu pela primeira vez em um livro chamado ‘Snow Crash’, do autor Neal Stephenson, publicado em 1992. A obra conta a história de Hiro Protagonist, um personagem que na vida real é entregador de pizza, mas, quando está no mundo virtual, chamado de metaverso, é um samurai.
Outro momento em que o tema foi retratado é no romance do escritor Ernest Cline intitulado ‘Ready Player One’ (Jogador número 1), que em 2018 ganhou as telas do cinema através da direção de Steven Spielberg. A história retrata os personagens que vivem em um mundo distópico e injusto e, como uma forma de fugir da realidade, entram em um simulador virtual chamado OASIS, que permite aos usuários serem o que quiserem.
Depois de ter “sumido do mapa”, o termo retornou em 2021 quando a rede social ‘Facebook’ anunciou a mudança do nome para ‘Meta’, com o objetivo de se tornar referência ao desenvolvimento de um mundo virtual próprio.
Esse movimento ocasionou uma “corrida” virtual entre as empresas, onde quem ganha, conquista o universo do metaverso primeiro e consequentemente o seu público.
Tecnologias envolvidas na nova realidade
Já é possível desfrutar parcialmente da ideia do metaverso, como o caso dos jogos ‘Roblox’, ‘Fortnite’ e ‘Minecraft’, onde o jogador pode explorar um mundo desconhecido e ter o seu próprio personagem.
Entretanto, a ideia do metaverso é justamente ser uma realidade nova que aborda todos os aspectos sociais. Para isso, é preciso que algumas tecnologias sejam utilizadas, como o caso da realidade virtual, o famoso VR (sigla em inglês que se refere a um lugar tridimensional construído através de softwares), e para que seja acessado, o usuário precisa se conectar via computador ou console de games juntamente com os óculos de realidade virtual e fones de ouvido.
Outra tecnologia utilizada, a realidade aumentada, atua de forma oposta, pois os dados são inseridos e levados para o mundo real. Um exemplo muito famoso desse formato é o jogo para smartphone Pokémon Go, onde o objetivo é caçar as espécies do universo da animação que “aparecem” no mundo real.
Como o metaverso pode auxiliar na preservação da Amazônia?
Para entender como o metaverso pode ajudar na preservação da Amazônia, é preciso, primeiro, compreender a ligação entre o metaverso e o mercado NFT. Os Tokens Não Fungíveis, conhecidos como NFTs, são ativos digitais que representam objetos do mundo real, como arte, música, itens de games e vídeos que são vendidos e negociados online através de moedas digitais.
Os produtos NFT, nada mais são do que um tipo especial de token criptográfico, único, e que, diferente das criptomoedas, não são intercambiáveis, ou seja, não podem passar de um proprietário para outro.
O mercado de compra e venda desse objeto cresceu muito nos últimos anos, e, para auxiliar na preservação da Amazônia, algumas empresas e empreendedores estão utilizando o recurso exatamente para isso.
A Climatech Moss, por exemplo, é uma dessas iniciativas que, em parceria com empresas privadas, vendem “pedaços” da Amazônia com o objetivo de manter aquela área preservada. O tamanho da área é de 1 hectare e é comercializado em formato NFT, chamado de Moss Amazon NFT. Quem fizer parte da iniciativa poderá monitorar digitalmente a área no projeto de preservação.
Em fevereiro de 2022, o povo indígena Paiter Surui também lançou uma iniciativa para leiloar NFTs, neste caso, de obras de arte digitais, para aliar tecnologia à cultura milenar e contribuir para o monitoramento de queimadas, preservação do meio ambiente e proteção de comunidades indígenas.
No total, 12 obras foram leiloadas até o dia 15 de fevereiro e 95,5% dos ganhos foram revertidos ao Projeto de Gestão e Vigilância Territorial do Povo Indígena Paiter Suruí. Um dos objetivos principais é proteger a comunidade ‘Sete de Setembro’ do desmatamento, extração ilegal de madeira, além de reduzir emissões de carbono.
Campus Party Day Boa Vista
Além da parceria Instituto Campus Party e Sebrae, a Campus Day Boa Vista conta com o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Boa Vista, do SESC/RR, da empresa INFORR, da Rede Amazônica e do Grupo Parima Distribuidora.