Ideia também produziu molho de pimenta com a castanha. Novidade foi apresentada durante feira de exposições no Ifap, em Laranjal do Jari.
Um projeto que estuda os benefícios da castanha-da-Amazônia para a saúde humana desenvolveu uma maionese e um molho de pimenta de forma experimental. A ideia surgiu a partir da percepção do estudante Francisco Barbosa, do Instituto Federal do Amapá (Ifap), no município de Laranjal do Jari, extremo sul do Amapá.
Os molhos foram apresentados durante uma feira sobre produtos florestais, no dia 8 de abril no Ifap, onde foram apresentadas iniciativas voltadas para práticas de gestão de recursos naturais na Amazônia.
“A ideia surgiu há oito meses quando comprei um hambúrguer de um amigo aqui na praça da cidade. Eu ‘tava’ cansado de comer os mesmos molhos, aí vi as castanhas e me questionei: por quê não usar a castanha, que eu gosto tanto?'”, descreveu o aluno.
O estudante disse também que o mesmo questionamento surgiu para o molho de pimenta. O trabalho foi orientado pelo professor Wallace Reis e já se prepara para participar de feiras em outros municípios como Macapá.
A região onde o projeto é desenvolvido é uma das maiores produtoras da castanha do Estado. O extrativismo é uma das bases econômicas e a principal fonte de renda de muitas famílias, como a de Francisco.
“Estamos tentando conseguir parceiros para iniciar a produção em pequena escala desses dois produtos. A castanha que foi utilizada foi a minha irmã que trouxe de uma colônia e o óleo consegui com o presidente da comunidade de São Francisco do Iratapuru”, informou o estudante.
Francisco também destacou outros produtos que já são produzidos a partir da castanha, como biscoitos e paçocas, por exemplo. Bertholletia excelsa é o nome científico da árvore da castanheira que dá a conhecida castanha-do-Brasil, ou castanha-do-Pará ou castanha-da-Amazônia.
*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá
