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Sábado, 27 Abril 2024

Grupo Palha estreia o espetáculo 'Guiomar' em live no próximo dia 27

Resgatar o passado para entender o presente e seguir atentos ao futuro. O Grupo de Teatro Palha, que ao longo de mais de 40 anos de atuação na cena de Belém sempre esteve atento ao seu tempo, estreia o espetáculo 'Guimar' no próximo sábado (27), às 20 horas, em live na página Grupo de Teatro Palha, no Facebook. O solo da atriz Luana Oliveira com direção de Paulo Santana é um espetáculo contemplado pelo Prêmio Preamar de Cultura e Arte do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Partindo do texto "Guiomar sem rir sem chorar", da dramaturga paraibana Lourdes Ramalho, todo escrito em literatura de cordel, a peça conta a história de Guiomar, professora de história em situação de miséria, que percorre o Nordeste do Brasil desde sua descoberta, até os os anos 70, contando a história não contada do Brasil com tons grotescos, humor e drama.

A personagem, interpretada por Luana Oliveira, é um desafio na carreira da atriz em seu primeiro solo. "Conhecer a Guiomar está sendo para mim um duplo desafio, primeiro pela densidade do contexto histórico e social que envolve a trama e por se tratar do primeiro trabalho solo encenado por mim, que tem exigido um cuidado minucioso na construção desta personagem, além de muita atenção ao jogo de cena e principalmente resistência física para realizar um bom trabalho corporal de interpretação", comenta a atriz.

A escolha do texto neste momento não é por acaso. Resgatar uma dramaturgia com tantas referências históricas e que explicita especialmente o período de ditadura militar é um convite para que o público, através de Guiomar, revisite seu passado e entenda as questões relacionadas ao presente sociopolítico.

Foto: Bruno Moutinho

A peça também se propõe a pensar o papel do teatro nestes tempos de pandemia e o seu futuro a partir dela, em uma sociedade cada vez mais imediatista, propondo sua estreia através de uma live porém já visando uma temporada presencial assim que for possível. "O teatro é único, não se iguala às novas tecnologias, cada atuação, mesmo quando repetida, nunca vai ser idêntica. O teatro surpreende por ser, de geração em geração, uma forma de comunicar, informar e contar histórias", afirma Paulo Santana, diretor do grupo e fundador do grupo.

Trazer um texto que faz um resgate histórico do Brasil de uma maneira profunda não poderia deixar de, neste momento, fazer o grupo olhar para a própria história de resistência na cena artística da capital paraense. "Manter um grupo de teatro que foi criado em 1980, ativo até os dias de hoje, requer um esforço quase que impossível de se manter em seu fazer, vivo e se reinventando em seu fazer para existir", finaliza o diretor.

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