FCecon alerta para a prevenção ao câncer de colo do útero no Amazonas

Este tipo de câncer é o mais incidente entre o público feminino no Amazonas, com a previsão de 700 novos casos para 2021

Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), alerta as mulheres amazonenses para a prevenção ao câncer de colo do útero por meio do Movimento Estadual Março Lilás, criado em 2019. Este tipo de câncer é o mais incidente entre o público feminino no Amazonas, com a previsão de 700 novos casos para 2021, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde (MS).

De acordo com o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão, o movimento é voltado para incentivar as mulheres a realizarem os exames preventivos (Papanicolau) de forma regular, estimular mulheres e homens a utilizarem preservativo nas relações sexuais, e alertar pais e mães a vacinarem seus filhos contra o Papilomavírus humano (HPV).

“O Março Lilás é um mês de um enorme significado para o nosso estado, porque é nesse momento que nós alertamos toda a nossa população feminina em relação ao câncer mais devastador pra elas, que é o câncer do colo do útero”, destaca Gerson Mourão.

HPV – O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o único tumor humano previsível, causado pelo HPV de “alto risco”. O vírus é transmitido durante as relações sexuais.

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.

Vacina – Um dos pontos mais importantes para prevenir o câncer de colo do útero é a vacinação contra o HPV. Meninas dos 9 aos 14 anos e meninos dos 11 aos 14 anos devem ser vacinados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A vacina é gratuita e são necessárias duas doses.

Preventivo – Outra ação importante para a prevenção da doença é realizar o exame preventivo, o Papanicolau. Segundo orientações do Inca, o exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública e é indicado a toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que tem entre 25 e 64 anos de idade.

Foto: Laís Pompeu/FCecon

Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos.

Através do preventivo, são descobertas alterações no colo do útero da mulher, as lesões precursoras do câncer. Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%.

Proteção sexual – O uso de camisinha durante as relações sexuais é outra alternativa muito importante para se evitar o câncer de colo do útero, pois previne a transmissão do HPV de “alto risco”, além de evitar o contágio de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a sífilis, aids e gonorreia.

Como o câncer de colo do útero é silencioso em seu início, sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da doença. Por isso, são importantes as medidas de prevenção.

Informações – Em função da pandemia de Covid-19 e seguindo as medidas de distanciamento social, a FCecon fará o alerta às mulheres utilizando as redes sociais e a imprensa amazonense, conforme a coordenadora estadual da Atenção Oncológica, enfermeira oncologista Marília Muniz.

Muniz também orienta que os secretários de saúde dos municípios avaliem a oferta de preventivos às mulheres do interior durante a pandemia, mantendo a segurança e evitando aglomerações. A enfermeira assinala que o reinício do rastreamento de câncer deve demandar uma análise criteriosa dos riscos e benefícios envolvidos pelos serviços de saúde, considerando o cenário epidemiológico no contexto local, a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde e o histórico pessoal dos usuários.

“A realização de rastreamento de câncer de colo do útero fora dessas recomendações traz mais riscos do que benefícios, o que agrava ainda mais a pandemia. É importante preservar a segurança dos indivíduos e dos profissionais de saúde de acordo com os protocolos de medidas de prevenção e proteção relativas aos efeitos da pandemia da Covid-19. Essa foi a orientação do Instituto Nacional do Câncer José Gomes de Alencar (Inca) aos Estados da Federação”, diz Marília Muniz.

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