Escolas privadas do Amazonas devem voltar a oferecer ensino híbrido em março

Sindicato das escolas elaborou plano estratégico de medidas para garantir retorno seguro às aulas presenciais

Durante reunião nesta quinta-feira (25) com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM), o governador Wilson Lima afirmou que se os índices de casos de Covid-19 continuarem em queda, a previsão é que as escolas de educação infantil serão autorizadas a funcionar com ensino híbrido (oferta de aulas presenciais e remotas em dias alternados), a partir do dia 8 de março.

A presidente do Sinepe-AM, Elaine Saldanha, disse que a expectativa é que o ensino fundamental, médio e superior retornem com intervalos de uma semana, a partir do início das atividades do ensino infantil. “Com a experiência que tivemos no ano passado, pudemos observar que os protocolos adotados têm se mostrado eficientes para evitar contaminação no ambiente escolar, isso porque desde o início da pandemia temos trabalhado de forma estratégica, em parceria com os órgãos públicos”, avalia.

Foto: Divulgação/Sinepe-AM

No encontro, que também contou com a presença do secretário de educação, Luis Fabian Barbosa, e da presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Therezinha Ruiz, o assessor jurídico do Sinepe-AM, Rodrigo Melo, apresentou o cenário do setor, que hoje enfrenta a maior crise da história.

“Todas as escolas estão com 40% de vagas ociosas, pois tiveram cancelamentos de matrículas, isso somado ao índice de inadimplência, que no ano passado era de 35% e, hoje, já chega a ultrapassar 60%. Oito escolas já fecharam as portas na cidade, a maioria está com funcionários em aviso prévio e a tendência é que haja demissão em massa de trabalhadores do setor da educação”, disse Melo.

Estratégias para retorno

Ainda na reunião, o Sinepe-AM entregou um plano estratégico ao governo do Amazonas, que traz medidas que irão assegurar um retorno no formato híbrido seguro aos alunos, professores e colaboradores das instituições de ensino.

Entre as medidas, está a lotação das salas de aula limitada a 50% da capacidade, o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as carteiras ocupadas, evitar aglomeração, contato físico e compartilhamento de materiais entre alunos, além da disponibilização do álcool 70%, uso de máscaras individuais, limpeza e desinfecção de sapatos, de materiais escolares e da escola.

A realização de triagem para acesso às escolas é também uma das bandeiras levantadas pelo sindicato. Os alunos, educadores e colaboradores que apresentarem sintomas serão afastados e retornarão apenas após a liberação médica. 

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