Polo Industrial de Manaus recua 8,60% até outubro de 2015, segundo Suframa

MANAUS – Entre janeiro e outubro de 2015, o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou faturamento de R$ 65,71 bilhões. Os números, ainda não divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), constam nos Indicadores de Desempenho Industrias elaborados pela autarquia atualizados no último dia 2 de dezembro, aos quais o Jornal do Commercio teve acesso. O montante negociado pelo Polo Industrial de Manaus nos 10 primeiros meses do ano passado representa uma queda de 8,60% em relação ao mesmo período de 2014, quando as empresas incentivadas do PIM faturaram R$ 71,90 bi.Em moeda americana, no entanto, a queda foi ainda maior. Com um faturamento acumulado de US$ 20,46 bilhões, o faturamento em dólar entre janeiro e outubro caiu 34,27% na comparação com 2014 (US$Para o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nélson Azevedo, este resultado está dentro do que o setor industrial estava esperando em face à crise política e econômica do país. Segundo a avaliação dele, o Polo Industrial de Manaus deverá fechar o ano de2015 com uma queda no faturamento superior à 30% em dólar, moeda mais relevante para a indústria.“O que é mais significativo para nós da indústria é o resultado em dólar. Se nós fecharmos 2015 com faturamentode US$ 25 bi, já será muito, hora que houver o entendi o que representa uma queda aproximada de 30%. Continuo dizendo que isso é exatamente o efeito do resultado da crise generalizada que estamos vivendo no país, causada principalmente pelo desentendimento político entre os poderes legislativo e executivo federais”, avalia Azevedo.
Polo Industrial de Manaus. Foto: Chico Batata/AgecomAlém dos problemas políticos internos, o vice-presidente da Fieam acredita que o cenário econômico e a desconfiança dos investidores internacionais também afetaram negativamente o desempenho do PIM em 2015. Mesmo assim, Nelson Azevedo afirma que há esperanças de uma possível retomada no crescimento ainda neste ano.“O segundo ponto é a falta de credibilidade e desconfiança por parte dos investidores em relação ao Brasil. O terceiro ponto são esses constantes rebaixamentos feitos pelos institutos de avaliação de risco para investimento de cada país. Namento, principalmente entre os poderes executivo e legislativo, não tenho dúvidas de que a economia irá se recompor o mais rápido possível. Acima de tudo há esperança. Não esperança de ficar esperando, mas esperança de que vamos lutar e persistir para que possamos superar essas dificuldades”, prevê.Por dentroSetores

Seguindo a tendência verificada durante todo a ano passado, a queda foi puxada principalmente pelo setor eletroeletrônico que, segundo os dados da própria Suframa, responde por mais de 30% do faturamento total do PIM. Até outubro de 2015, o segmento eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus apresentou faturamento de R$ 19,78 bilhões, valor 17,53% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior (RS 24 bi). Novamente, quando analisado o faturamento em dólar, a queda do setor carro-chefe da indústria amazonense assusta ainda mais: -40,74%, com US$ 6,15 bilhões faturados até outubro, contra US$ 10,38 bi em 2014.Outras quedas importantes foram registradas nos setores de Bens de Informática e Bebidas. Responsáveis por 15,82% do faturamento total do PIM, os bens de informática tiveram queda de 14,58% no faturamento em moeda nacional (R$ 10,34 bi) e de 38,38% em dólares (US$ 3,23 bi). Já no setor de bebidas, com faturamento de R$ 471,36 milhões até outubro, o recuo foi de -16,26% (montante que representa US$ 146,06 mi em faturamento e -39,89% de queda em moeda americana).Já o setor de Duas Rodas, o segundo mais importante do PIM em faturamento, ser manteve praticamente estável em 2015. Ainda de acordo com os números da Suframa, o faturamento total do setor entre janeiro e outubro do ano passado foi de R$ 11,32 bilhões, valor que praticamente repetiu o desempenho do segmento no mesmo período de 2014, quando foram registrados R$ 11,37 bi. Neste período o recuo foi de -0,45%. Já em dólares houve queda de 28,22% e US$ 3,54 bi em faturamento.
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