Janeiro de retração compromete setor de Duas Rodas do Polo Industrial de Manaus

MANAUS – O mês de janeiro representou um recuo para o setor de Duas Rodas brasileiro. Segundo liderança do setor no Amazonas, os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) são preocupantes, podendo refletir em desemprego e paralisação das linhas de produção do Polo Industrial de Manaus (PIM).O setor que mais emprega no Amazonas, teve um janeiro pouco produtivo. As 75.959 motocicletas produzidas representam um número 37% menor ante as 122.063 de dezembro passado. Nas vendas a varejo (para o mercado interno), os emplacamentos recuaram 27%, foram 107.620 unidades em dezembro último e 78.538 em janeiro. Para o atacado (vendas à concessionárias), janeiro de 2016 teve o pior desempenho em uma década. Foram pouco mais de 58 mil unidades comercializadas, sendo 2008 o melhor ano registrado, com 172.663 motos vendidas.Riscos para o setorOs baixos volumes em vendas e produção são de grande risco para vagas de emprego no setor, conta o vice-presidente regional da Abraciclo, Celso Ganeko, que não descarta que a indústria abra mão de alguns alguns artifícios para garantir a produtividade. “Janeiro foi de uma retração enorme e no momento lay-offs (suspensão temporária do contrato de trabalho) e paralisações nas linhas de produção não são pensadas, mas nada está descartado”, afirma.Para o executivo, só o mercado poderá ditar determinações. “Os primeiros meses servem de termômetro e pensando assim, não teremos um bom ano. Mas ainda é cedo para pensar em demissões, por exemplo. Mas isso é uma determinação fechada que cabe a cada empresa, o que podemos fazer é lutar junto aos governos Federal e Estadual para manter o bom funcionamento do setor e do PIM”, comenta Ganeko.A Suframa e o setor Com uma importante reunião agendada para abril entre empresas do setor de duas rodas e a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Ganeko crê que o bom entendimento com a autarquia seja favorável. “Estamos sempre em contato e sabemos da boa vontade da autarquia e dos governos que se mostram sensíveis ao polo de duas rodas. Discutiremos alguns tópicos e o que for necessário para driblar alguns entraves burocráticos e políticos”, disse.

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