Exportações do Amazonas cresceram 33,25%

MANAUS – Em meio ao cenário de retração econômica nacional, o Amazonas registrou crescimento de 33,25% nas exportações entre os meses de setembro e outubro deste ano. Países como Venezuela, Colômbia, México e Alemanha lideram os índices positivos das comercializações estrangeiras, que no acumulado de janeiro a outubro de 2015 apresentaram o faturamento de US$ 657 milhões. Em relação ao mesmo período de 2014 houve queda de 19,47% nos números, quando o faturamento foi de US$ 815,8 milhões. Os números compõem a balança comercial amazonense, divulgada ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
No contexto geral, conforme as informações do ministério, a balança comercial do Amazonas registrou saldo negativo de US$7,4 bilhões nos dez meses do ano. O gerente executivo do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (CIN-Fieam), José Marcelo Lima, explica que o aumento no volume de exportações é decorrente da maior demanda por concentrados utilizados no preparo de refrigerantes, insumos enviados aos parceiros econômicos que são a Venezuela, a Colômbia e a Argentina.
Venezuela, Colômbia, México e Alemanha puxaram positivamente as exportações. Foto: Luiz Ribeiro/JC
Outro fator contribuinte para o aumento nas vendas aos mercados estrangeiros, segundo Lima, é a elevação da taxa cambial e a consequente desvalorização do Real. O gerente cita que em meio a um cenário econômico interno desfavorável, no qual estão inseridas altas taxas de juros, elevação da cotação do dólar e a restrição ao crédito, a alternativa às empresas é a exportação. “O câmbio contribuiu para que o volume das exportações aumentasse. A elevação da moeda estrangeira favorece a ocorrência de exportações. Porém, desfavorece as importações”, disse. “Na atual fase de crise onde o mercado interno está saturado em função de altas taxas tributárias, do valor do dólar e a restrição ao crédito, a saída é a exportação e a nossa função no CIN é fomentar essas comercializações”, complementou.
Entre os principais produtos exportados pelo Polo Industrial de Manaus (PIM) também estão as motocicletas, os cosméticos, os produtos de higiene, as lâminas de barbear, e ainda o Nióbio, minério enviado à Alemanha. As exportações à Venezuela contabilizaram US$169,5 milhões. Na segunda classificação está a Argentina com US$135,8 milhões, com redução de 36,14% em relação ao faturado nos dez meses de 2014. A Colômbia aparece com US$68,1 milhões e a Alemanha com o saldo de US$21,1 milhões.
Apesar do crescimento no índice de comercialização com o mercado internacional, Lima amazonenses pretendem incomenta que a representação do volume exportado em relação ao faturamento total do PIM não chega ao índice de 1%. Ele informa que cerca de 98% da produção fabril amazonense é absorvido pelo mercado interno. “Acreditamos que teremos uma elevação nesse percentual porque estamos trabalhando projetos para o fomento a essas práticas”, informou.
Lima adiantou que por meio da Feira Internacional da Amazônia (FIAM), que deverá acontecer a partir do próximo dia 18, na capital, os empresários vestir em negociações com os empresários estrangeiros que participarão do evento.  “Grupos de países como o Peru e a Colômbia confirmaram presença na feira. Também contaremos com a participação de vários grupos, missões, comitivas internacionais que virão à Manaus com o intuito de negociar com o Amazonas. A partir deste evento poderemos ter meios para a elevação das exportações, reflexo que deverá ser visualizado em 2016”, disse.
A balança comercial ainda mostra que as importações feitas pelo Estado são crescentes. No primeiro lugar da lista de importadores está a China com o saldo de US$3,2 bilhões, índice que apresenta queda de 23,91% em comparação ao volume importado de janeiro a outubro de 2014. Os demais países que mais importam produtos locais são: Coreia do Sul (US$971,1 milhões); Estados Unidos (US$651,6 milhões); Japão (US$530 milhões); Taiwan (Formosa) (US$438,6 milhões). No total, as importações somaram US$8 bilhões.
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