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Terça, 23 Abril 2024

Busca por estágio cresce no Amazonas

Busca por estágio cresce no Amazonas
Mesmo em tempos de crise econômica no país, a busca por estágio, tanto por parte das empresas contratantes como dos estudantes que desejam se qualificar em sua área de atuação, cada vez mais vem crescendo no Amazonas. Essa informação foi dada pelo coordenador de Estágio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) Jander Cavalcanti, que afirma que a busca pelo estágio sempre foi uma demanda bastante expressiva no Estado. “Isso acontece porque o IEl tem uma preocupação muito grande de prospectar o estágio dentro das universidades e escolas, e sensibilizar o aluno da importância de se estagiar para o desenvolvimento profissional dele”, disse. 

E relação ao interesse das empresas por estagiários, Cavalcante reitera que também há uma grande procura. “Acredito que hoje as empresas estão tendo uma consciência de que o estágio é a melhor saída no momento de crise. Pelo fato do estágio não englobar tanto os encargos trabalhistas como um empregado contratado”, informa ele.

Cavalcanti salienta que houve uma mudança muito grande no perfil do estagiário. “Desde a reformulação da lei 2008, percebemos que o estagiário está sendo cobrado dentro da empresa que estagia. E esta cobrança reflete no processo seletivo dentro das empresas, uma vez que estão bastante criteriosas em relação ao seu processo seletivo da mudança de estagiário para contratado. Elas estão buscando cada vez mais, não pela experiência, mas pela capacidade técnica que o estudante tem para desenvolver dentro do ambiente corporativo”, falou o coordenador.

E o conhecimento de informática, segundo o coordenador, é essencial para qualquer tipo de entrevista que o estudante irá fazer. “E por isso, o aluno precisa buscar uma capacitação dentro da área de atuação dele, como o pacote office e entender um pouco de internet”, explicou. 
Foto: Divulgação/Sine
Dentro da lei de estágio todos têm responsabilidades. Tanto a instituição de ensino, como a empresa e o próprio IEL têm obrigações com os estudantes para desenvolverem o que eles aprenderam na academia de ensino, praticando dentro da empresa. E diferente da CLT, a desburocratização da inclusão do estudante em um estágio é outra vantagem de ser um estagiário. “Para o estágio ser formalizado o aluno precisa ter a idade exigida, que é a partir de 16 anos. Comprovar que está estudando, a partir daí é feito um contrato entre empresa, IEL e instituição de ensino que ele estuda”, contou Cavalcante.

Sobre a crise, Cavalcanti reforça que o momento acabou dando ao estagiário o mesmo resultado que um funcionário entrega a uma empresa, mas com um custo menor. “Claro que eu não estou dizendo que a empresa deve deixar de contratar, mas ela também pode incentivar o programa de estágio, porque futuramente ela acaba contratando os melhores estagiários”. Ainda sobre a crise, o coordenadora credita que o momento é bom para o estagiário ingressar no mercado de trabalho. “Com certeza, a crise conseguiu transformar o processo dentro das empresas, pois, por conta dela, as mesmas precisaram buscar a excelência na sua produção. E isso vai acabar espelhando também no estagiário”, revelou ele.

Hoje o salário do estagiário depende de dois fatores: primeiro, da carga horária, que varia entre 4 a 6 horas e também do curso do estudante. “Os cursos de engenharia são os que têm as bolsas maiores, podendo variar de R$1.000,00 a R$1.500,00 em comparação com os cursos de Administração, que varia entre R$ 500,00 a R$ 800,00. E existem casos que a atividade pode influenciar no valor da bolsa, como as específicas ou as que exijam uma qualidade técnica. E para os jovens interessados em estágio, Cavalcanti manda um recado. “O aluno precisa ter idade superior a 16 anos, ser aluno do curso técnico, médio ou superior. O nosso site é IEL, onde o aluno pode se cadastrar e candidatar-se a vaga que desejar”, orientou.

Já de acordo com a gerente de atendimento do IEL, Mirlane Correa, a empresa de estágio atende empresas públicas e privadas e jovens estagiários. “Hoje temos mais de 500 empresas que possuía contrato com a gente, e mais de 80 delas, são que possuem mais estagiários e mais de 3 mil estagiários espalhados em várias empresas do Amazonas”, contou.

Correa informa ainda, que o estágio é o momento de o estudante aprender o que estudou em sala de aula. “É botar em prática a teoria adquirida pelo professor em salada de aula. E isso é enriquecedor”, disse. 

Estagiária

Estagiária há um ano na loja Spaço Mãe e Bebê, a estudante de arquitetura, Bianca Machado, disse que o estágio lhe trouxe segurança sobre a profissão que deseja seguir. “Na faculdade, os alunos não adquirem tanta experiência, quanto o que aprendemos quando estamos trabalhando. É tudo muito superficial. Hoje, após um ano de estágio, sei que realmente quero ser uma arquiteta”, contou a jovem.

No 9º período, cursando na faculdade Fametro, Bianca é estagiária na empresa da Arquiteta Adrea Russo, e atua no ramo de designer de interiores de casas e apartamentos, em decoração. “Mas pretendo crescer na minha profissão. Fazer um mestrado e também trabalhar no ramo de arquitetura de exterior, como paisagismo. Pois adoro todas as áreas de atuação da arquitetura e estou satisfeita com o curso”, falou Bianca.

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