Amazonas registra crescimento na balança comercial do semestre

O Amazonas encerrou o primeiro e iniciou o segundo semestre com um leve aumento na exportação de produtos do  Polo Industrial de Manaus (PIM), com alta equivalente a 6,19%, na importação de insumos para o parque fabril, o crescimento foi ainda maior, 41,90%, informou o  Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), na pesquisa realizada entre 1º de janeiro e 10 de setembro deste ano.

O total geral da exportação no Estado foi de mais de US$ 413 milhões, se comparado ao mesmo período em 2016, uma alta de mais de US$ 24 milhões. O total da importação neste 1º semestre foi de mais de US$ 5.500 bilhões, no comparativo com o ano passado, um aumento de mais de US$ 1.500 bilhão. 

Mas os números não empolgaram os especialistas do setor. Segundo o gerente executivo do Centro Internacional de Negócios (CIN-AM) da  Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) Marcelo Lima, o momento político do país, não permite que as expectativas sejam boas para o Amazonas. “Fica difícil fazer uma avaliação de que o negócio vai começar a alavancar, porque na realidade o nosso país vive essa crise, e quando começou a aquecer a economia, vieram as delações, com isso, agora o dólar baixou e a bolsa subiu, o PIB apresentou um pequeno crescimento, mas nada disso garante que tenhamos resultados positivos nos próximos meses, até porque a instabilidade que estamos vivendo nos deixa atônitos e sem saber o que vai acontecer amanhã”, disse Lima.

Movimento de cargas registrou alta nos nove meses deste ano em relação a 2016. Foto: Walter Mendes/JC
De acordo com o especialista, o resultado da importação já era esperado, isso porque, o Amazonas sempre importou mais do que exportou, os dados da exportação, esses sim foram novidade. “Mas é fácil explicar o motivo do crescimento, tanto na importação, quanto na exportação, nesse período do segundo semestre, tanto nós, como os outros países, começam a receber componentes para atender a demanda de final de ano, a partir de agora, a exportação começa a crescer de uma forma lenta, mas nada muito expressivo”, informou Lima.

Variação Comercial

No caso das exportações, o principal motivador da alta segundo o levantamento, foi o aumento na venda de motocicletas de baixa cilindrada (18,38%), de lâminas de barbear (5,87%) e de aparelhos de barbear (4,53%). As empresas Moto Honda da Amazônia (17,11%) e Yamaha Motor da Amazônia (5,36%) foram os grandes destaques da exportação desse semestre.

Entre os países compradores, a Venezuela, que adquire principalmente concentrados para a elaboração de bebidas, registrou a redução mais representativa, com queda de -69,53% entre o primeiro semestre de 2017 e o mesmo período de 2016.   A Bolívia apresentou a maior alta, passando de um volume de compras de US$ 3 milhões em 2016 para mais de US$ 23 milhões, em 2017.

Os produtos mais importados para o Amazonas foram os televisores (21,05%), circuitos integradores (microchips) (4,03%) e o óleo diesel (2,96%). As empresas destaques foram LG Eletronics (7,60%) e Envision Indústria de Produtos Eletrônicos (2,87%).


Dados Nacionais

As exportações superaram as importações nas duas primeiras semanas de setembro, o que deixou um saldo positivo de US$ 1,376 bilhão no período. O saldo positivo do período foi formado pela diferença entre exportações de US$ 4,560 bilhões e importações de US$ 3,184 bilhões. No ano, as exportações já chegam a US$ 150,502 bilhões e as importações, a US$ 101,021 bilhões, com saldo positivo de US$ 49,482 bilhões. 

Nas exportações, houve crescimento de 21,2% na comparação da média das vendas externas até a segunda semana de setembro deste ano (US$ 912 milhões) com a média de setembro de 2016 (US$ 752,4 milhões). De três grandes grupos de produtos, dois apresentaram aumento de vendas no período.
Os produtos básicos cresceram 28,7% nas duas primeiras semanas do mês por conta, principalmente, de soja em grãos, milho em grãos, minério de cobre, minério de ferro e carnes bovina, suína e de frango. Os manufaturados cresceram na mesma proporção que os básicos e registraram avanço de 28,7%. Os principais produtos foram aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, automóveis de passageiros, motores e turbinas para aviação, torneiras, válvulas e partes.
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