Covid-19 mobiliza ações integradas governo x empresas

No total, o pacote de medidas monta a aproximadamente R$ 800 bilhões (cerca de 18 bilhões de dólares) destinados a combater os efeitos da crise do coronavírus sobre a atividade econômica

O Comitê Indústria ZFM Covid-19, constituído por Cieam, Fieam, Eletros e Abraciclo, realizou, por videoconferência, nova reunião na última segunda-feira, 30. Seguindo diretrizes do Ministério da Saúde sobre medidas de prevenção à propagação do novo coronavírus, de acordo com o site da Assessoria de Imprensa do Ciam, tomou parte do novo encontro “um tele grupo de 44 pessoas representativas de diversos segmentos da sociedade e setores econômicos do Amazonas e do país, de forma apartidária e contributiva”.

Mediador do grupo e presidente do Conselho Superior do Cieam, Luiz Augusto Barreto Rocha, informa que o Comitê objetiva, “além de aconselhar e dar ideias, mobilizar competências, braços e recursos para, como sociedade, enfrentarmos e vencermos esta crise”. As reuniões são semanais, a cada segunda-feira. Enquanto durar a crise, segundo Rocha, o grupo estará “reunido pontualmente, por duas horas, sempre das 16 às 18 horas”. A representatividade da rede deverá ser ampliada nas próximas reuniões.

Foto: Divulgação

Na último encontro, foram apresentados cinco painéis com até 8 minutos de duração: “Um panorama da situação atual dos segmentos industriais na Zona Franca de Manaus”, apresentado pelo presidente da ELETROS, Jorge Jr; “Crise: Repensando a Estratégia”, por Marx Gabriel, presidente da MB Consultoria; “Enfrentamento dos Problemas Reais”, pelo professor-doutor, Augusto Rocha (UFAM); “Atualização das Medidas Econômicas para Mitigação da Pandemia da Covid-19”, por Márcio Holland (FGV) e “Diretrizes Atuais do Governo do Estado no Enfrentamento do Covid-19″com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas (Sedecti), Jório Veiga.

Paralelamente, o presidente do CIEAM, Wilson Périco, usou sua conta no Instagram para prestar contas do trabalho da Indústria em tempos de Covid-19, oportunidade em que sugeriu a) as medidas de apoio do governo aos graves estragos do novo coronavírus alcancem a maior celeridade possível; b) somente forte injeção de recursos na economia poderá evitar o caos, o desemprego e a fome; c) que as universidades e institutos de pesquisa criem rapidamente soluções de inovação tecnológica para salvar vidas e minorar o sofrimento dos atingidos. E, finalmente, exortou Périco a todos os que puderem: “fiquem casa”.

O governo Federal, em atenção a um clamor nacional, na quarta-feira, 1, reunindo o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, detalhou as quatro medidas previamente anunciadas, totalizando R$ 200 bilhões, incluindo a liberação do auxílio de R$ 600,00 a trabalhadores informais. No total, o pacote de medidas monta a aproximadamente R$ 800 bilhões (cerca de 18 bilhões de dólares) destinados a combater os efeitos da crise do coronavírus sobre a atividade econômica.

Para o setor empresarial, a boa notícia é que das três medidas provisórias, que entram em vigor incontinenti, uma delas prevê investimentos de cerca de R$ 51 bilhões, permitirá a redução da jornada de trabalho e de salários, que serão complementados pelo governo federal. As empresas podem reduzir a jornada de trabalho em 20%, 25%, 30%, que o governo cobre a diferença de salário. Desta forma, o governo “está pagando as empresas para manterem os empregos”, declarou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília.

As medidas encontram-se em processo de liberação junto a instâncias específicas do Congresso e do Executivo. Algumas delas, como a liberação de novos saques do FGTS e o auxílio emergencial de R$ 600, tiveram suas respectivas Medidas Provisórias assinadas no mesmo dia, passando, desta forma, a viger imediatamente. As ações emergenciais trouxeram um alívio às classes empresariais e dos trabalhadores, e ao próprio governo, que, em todas as instâncias, se vê na iminência de enfrentar fortes quedas de arrecadação. 

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