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Quinta, 18 Abril 2024

Vendas confirmam previsões do comércio de Manaus

Vendas confirmam previsões do comércio de Manaus
Mesmo sem dados oficiais, ao que tudo indica a movimentação das vendas natalinas de Manaus teve melhor desempenho neste ano. Segundo a projeção de empresários e entidades de classe, o faturamento na principal data em vendas para o comércio local deve alavancar até 6% em relação a 2016. O resultado tende a ser superior às vendas nacionais, que chegaram a alta de 4,72% no mesmo tipo de confronto, conforme dado do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). 
De acordo a Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio-AM) fatores importantes da economia conspiram a favor de um melhor desempenho em relação ao ano passado contribuindo para otimismo do setor comercial varejista. “O cenário econômico tem mostrado uma melhora sustentável, uma vez que tivemos desaceleração da inflação, redução da taxa de juros e retomada do mercado de trabalho, além de contratações. Com isso, na nossa medição as vendas deste fim de ano foram de 4% a 5% superior em relação a 2016”, afirma o economista da entidade, José Fernando.
Com a boa expectativa de vendas neste ano, a contratação de temporários e suas efetivações devem ultrapassar a projeção do setor, acredita o especialista. “A expectativa era de 1,5 mil vagas mas com a boa movimentação esse número chegou a mais de 2 mil, sendo que pelo menos 30% destes deverão ser efetivados em 2018 ”, frisa José Fernando. O resultado oficial da Fecomércio sairá em janeiro de 2018.
Já a Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), projetou alta entre 5% a 6% no volume de vendas nas festas de fim de ano. A entidade acredita que além da sinalização positiva de indicadores econômicos que aumentam o poder de compra das famílias, o pagamento do 13° salário aos quase 900 mil trabalhadores também deve ter contribuído para o bom desempenho.
“Cerca de R$ 2 bilhões foram injetados na nossa economia correspondente ao pagamento do 13º, o que trouxe mais confiança tanto aos lojistas quanto aos consumidores. Para se ter ideia, em pequenos levantamentos foi observado que a média de pessoas com sacolas de compras no período natalino subiu de cinco para sete em cada dez pessoas neste ano, mas aguardamos as informações oficiais”, adianta o presidente da entidade, Ralph Assayag.
Foto: Walter Mendes / Jornal do Commercio
Em relação às vendas nacionais, a movimentação natalina registrou o primeiro crescimento após três anos de queda. A alta chegou a 4,72% frente as de 2016, apontou a pesquisa divulgada ontem (26) pelo SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A estimativa é de que a data movimente mais de R$ 51 bilhões na economia do país.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o acesso ao crédito mais difícil e os juros elevados ainda limitam o poder de compras dos brasileiros. Ele reforça que fatores importantes conspiraram a favor do melhor desempenho em relação ao ano passado. “Contudo, com a economia dando sinais de retomada, os consumidores foram às compras de forma menos tímida que nos últimos anos e também nas outras datas comemorativas de 2017”, informou Pelizzaro ao destacar que o resultado ainda está longe dos antes da crise econômica.
Alta na venda em shopping
De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), as vendas em shoppings centers tiveram alta nominal (sem considerar a inflação) de 6% neste período do Natal em todo o país, na comparação com 2016. Já o faturamento estimado foi de R$ 51,2 bilhões. Durante o ano de 2017, a projeção é que os 773 shoppings brasileiros tenham movimentado R$ 147,5 bilhões, o que representa crescimento de 5% sob o ano passado. Entre os segmentos, os brinquedos correspondem a 10% da alta. Em seguida estão óculos, bijuterias e acessórios, com 9,5%.
Segundo o levantamento, a maioria dos pagamentos para as vendas realizadas em shoppings (55%) foi com cartões de débito e crédito. Já 25% utilizaram o próprio cartão ou carnê da loja. Em menor escala, 10% optaram por cheques e 10% pagaram em dinheiro.Na hora da troca
Foto: Walter Mendes / Jornal do Commercio
Caso alguém não gostou dos presentes basta conferir os direitos na hora de trocar as lembrancinhas de Natal, orienta o chefe do setor jurídico do Procon-Amazonas, Maurílio Brasil. Segundo ele, apesar de a maioria das lojas optar pelo serviço, a troca de presente é uma liberalidade do lojista. 
“Isso quer dizer que ela não é obrigada, mas como geralmente as trocas são feitas por questão de cor e tamanho acabam sendo feitas porque nesse processo aumentam em até 30% as vendas das lojas, já que o consumidor troca a peça e pode comprar outra”, disse Maurílio. “Por isso o cuidado básico de não retirar a etiqueta do presente”, acrescenta. 
De acordo com o Procon-AM, a troca só se torna uma obrigação se o produto apresentar algum defeito. Se o ‘vício’ apresentado puder ser consertado na assistência técnica, como no caso de eletroeletrônicos, a garantia chega a 90 dias, por ser bem durável. Agora se for bem não durável como alimentos, o prazo diminui para 30 dias. “Se o fornecedor não possuir assistência no município, o lojista é responsável pelo envio do produto”, frisa o chefe do setor jurídico.
Referente a compra feita à distância, por exemplo por telefone, internet ou catálogo, o consumidor pode desistir da aquisição em até sete dias corridos, contados da data de compra ou do recebimento. “Chama-se prazo de reflexão e é onde será analisado a expectativa do consumidor ao produto recebido quanto a cor, tamanho, textura e qualidade”, finaliza.

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