Após morte de policial militar, Belém tem 27 mortos em um dia

Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen. Foto: Divulgação/Agência Pará

O policial militar, Rafael da Silva Costa, foi assassinado nesta sexta-feira (20) durante uma perseguição a suspeitos de um assalto no bairro da Cabanagem, periferia de Belém. Horas depois a secretaria de Segurança Pública do Pará registrou 27 pessoas assassinadas na região metropolitana de Belém entre a manhã de sexta-feira (20) e a manhã de sábado (21).

“O Governo do Estado não tolera situações como as ocorridas nesta sexta-feira (20), em que a Região Metropolitana de Belém registrou uma série de homicídios, cujas ocorrências estão muito além da média”, disse o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, durante a coletiva de imprensa no plenário da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

O secretário esclareceu quais medidas o Governo do Estado implantará depois do registro da série de homicídios, em 16 bairros da Região Metropolitana de Belém. Responderam às perguntas da imprensa, além do secretário Jeannot Jansen; o comandante geral da Polícia Militar, Roberto Campos; o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, e o secretário adjunto de inteligência e análise criminal, Rogério Luz.

O secretário de segurança, Jeannot Jansen, destacou três pontos durante a coletiva. O primeiro foi a prestação de condolências e reconhecimento ao soldado Rafael da Silva, que “foi um exemplo de policial militar, por honrar sua missão colocando sua vida em risco pela proteção da segurança da sociedade”.  

O segundo ponto comentado pelo secretário foi em relação a atenção especial que o Governo do Estado tem concentrado à segurança pública após os acontecimentos registrados na sexta-feira.

Já o terceiro ponto levantado pelo secretário de segurança foi o contato que o governador do Estado, Simão Jatene, fez com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Segundo Jansen, governador e ministro conversaram sobre a possibilidade de cooperação da União nas investigações. O resultado da conversa foi de que a melhor colaboração seria a constituição de um grupo interagências, guiados pela inteligência, para as investigações destes crimes. Governo do Estado e Ministério da Justiça fariam isso juntos.

Primeiras medidas

Ainda na tarde da sexta-feira (20), a Segup instalou um gabinete permanente de situação, envolvendo todos os órgãos da área, para acompanhar e monitorar as intercorrências registradas. Até às 12h deste sábado (21) foram contabilizados 27 homicídios, como possíveis reações à morte do soldado da PM.

“As polícias agem ostensivamente nas ruas. O empenho é máximo para que mais crimes não ocorram. As ações, inclusive a desse caso, são norteadas pela inteligência, que tem duas testemunhas e uma filmagem para elucidar o caso”, explicou o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino.

O governador do Estado, Simão Jatene, convocou na manhã deste sábado (21), os gestores da área de segurança do Estado e determinou rigorosa apuração de todos os crimes, com envolvimento direto das corregedorias da Polícia Civil e Polícia Militar, para esclarecer os fatos, identificar e punir os responsáveis.

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