Na ocasião, as lideranças elegeram o cacique Damião Paridzané como representante geral do povo Xavante – Auwe Uptabi diante das demandas do povo indígena.
A Terra indígena Marãiwatsédé (MT) realizou uma festa, no dia 10 de agosto, para comemorar os 19 anos de retorno do povo de Marãiwatsédé às suas terras tradicionais. O encontro contou com a participação de habitantes das nove terras indígenas da região: Xavante Marãiwatsédé, Pimentel Barbosa, Areões, São Marcos, Sangradouro, Marechal Rondon, Parabubure, Chão Preto e Ubawawe, além de representantes das coordenações regionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) localizadas em Ribeirão Cascalheira e Barra do Garças.
Durante o evento, foram discutidos assuntos relacionados à saúde, educação, regularização fundiária, meio ambiente e temas envolvendo licenciamento ambiental, como a necessidade de planos de compensação para indígenas da região diante da construção de estradas federais, estaduais e municipais que passam pelos territórios.
Na ocasião, as lideranças elegeram o cacique Damião Paridzané como representante geral do povo Xavante – Auwe Uptabi diante das demandas do povo indígena.
TI Marãiwatsédé
A TI Marãiwatsédé é registrada em cartório na forma de propriedade da União Federal, conforme legislação em vigor, e seu processo de regularização é amparado pelo Artigo 231 da Constituição Federal, a Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio) e o Decreto 1.775/96.
A região, localizada no Estado do Mato Grosso, possui uma história rica e complexa que remonta a séculos de ocupação ancestral. Habitada principalmente pelo povo Xavante, a região testemunhou a luta dessa comunidade indígena pela preservação de suas tradições culturais e pela defesa de seu território. Ao longo das décadas, os Xavante enfrentaram desafios significativos, como a colonização, a expansão agropecuária e os conflitos territoriais, invasões e devastação que ameaçaram a integridade de suas terras e modo de vida.
A história da Terra Indígena Marãiwatsédé é marcada por diversos momentos de resistência e mobilização por parte dos Xavante. Diante das pressões externas, a comunidade se uniu para reivindicar seus direitos territoriais e garantir a proteção de suas áreas ancestrais.
Organizações indígenas, aliadas a movimentos sociais e ações judiciais, desempenharam um papel fundamental na busca pela demarcação e reconhecimento oficial da terra indígena. Esse processo de luta culminou em importantes conquistas legais e políticas que fortaleceram a posição dos Xavante na defesa de seu território e na promoção de sua cultura.
Atualmente, a Terra Indígena Marãiwatsédé continua sendo um símbolo de resiliência e perseverança dos Xavante. Por meio de esforços conjuntos, eles têm buscado o desenvolvimento sustentável de suas comunidades e a manutenção de suas tradições ancestrais.
A Operação Amazônia Nativa (OPAN) produziu o ‘Plano de Gestão da Terra Indígena Marãiwatsédé’. Confira:
