Porto Velho: Convênio garante emprego e renda a reeducandos

Projeto contempla, ainda, remissão da pena junto ao Estado

Everson não exercia uma atividade remunerativa há seis meses. Desempregado e em meio à pandemia, ele precisa superar mais um obstáculo na busca por um emprego formal. Everson é reeducando e faz uso de tornozeleira eletrônica. “Estou há seis meses parado e sem serviços, encontrando dificuldades para encontrar um emprego e uma renda para manter minha família”, explica.

A história do Everson é o retrato de homens e mulheres que buscam recomeçar a vida e traçar um outro caminho após uma condenação judicial. Ciente desse fenômeno, a Prefeitura de Porto Velho firmou um convênio junto à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para garantir a essas pessoas uma nova chance.

Foto: Arquivo/Gcom

A Secretaria Municipal de Obras (Semob), já emprega 24 reeducandos em suas frentes de trabalho. São homens que, na prática, possuem alguma experiência com o serviço de infraestrutura, conforme explica Kerly Gomes, diretor de obras da Semob.

“Os trabalhos que eles realizam aqui são de obras em si, como meio-fio, drenagem, colocação de tampas de bueiros e pavimentação. Quando fazemos a solicitação, via ofício, pedimos que seja feita uma triagem para que venham reeducandos com alguma afinidade com as obras que executamos”, descreve Kerly.

Em respeito às diretrizes da Justiça, existe o acompanhamento dos cadastrados desde a saída do lar até a sede da Semob e, posteriormente, às frentes de trabalho que hoje ocorrem em vários pontos da cidade.

A contrapartida oferecida a esses homens contempla a remissão da pena e uma ajuda de custo. Para isso, é feito o acompanhamento e o registro de frequência de cada cadastrado. Ao fim do mês, a Semob repassa as folhas de ponto e os valores à Sejus que, por sua vez, realiza o pagamento dos salários e os cálculos para a redução das penas.

No caso do Everson, ele atua em várias frentes de trabalho dentro da própria Semob: limpeza das máquinas, suporte na área mecânica e transporte de manilhas. A experiência e as recompensas do trabalho já fazem ele planejar um novo recomeço.

“Quero sair daqui sem a pulseira. Voltar a estudar, fazer um curso e arrumar um novo trabalho. Mostrar para a sociedade que ainda temos esperança”, finaliza Everson.

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