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Bebês são acomodados em caixas de papelão em hospital na Venezuela

Bebês são acomodados em caixas de papelão em hospital na Venezuela
    
Caixas de papelão sendo usadas como berços de recém-nascidos na Venezuela. Foto: Reprodução/Twitter
O militante da Mesa de La Unidade (MUD), uma coalizão de partidos políticos de oposição ao Governo de Nicolás Maduro na Venezuela, postou no Twitter a foto de um 'berçário' de caixas de papelão de um hospital público venezuelano. Segundo ele, o registro foi feito no Hospital Universitário Dr. Luis Razetti, no estado de Anzoategui, onde bebês recém-nascidos são acomodados nas caixas por falta de berços adequados.

O Presidente do Instituto Venezuelano dos Seguros Sociais, Carlos Rotondaro, órgão responsável pela gerência dos hospitais públicos do país, admitiu a veracidade da imagem e disse que o fato ocorreu devido a irresponsabilidade de uma funcionária. "Nossos hospitais têm atendido centenas de pacientes, mesmo que a mídia oculte! Nós reconhecemos as falhas e continuamos trabalhando. Respeitamos os protocolos de cuidados para recém-nascidos; diariamente servimos as crianças do país e continuaremos a trabalhar para eles. De nenhuma maneira isso justifica as ações tomadas sem consulta por alguns profissionais sem autorização da Direção do hospital", disse.De acordo com o presidente da Federação Médica Venezuelana, Douglas Léon Natera, existem mais de 300 centros assistenciais de escala nacional com déficit de suprimentos médico-cirúrgicos. "Nós só temos 5% dos suprimentos, medicamentos e equipamentos para resolver o problema de material de saúde do paciente", revelou.

Preocupação internacional

A Confederação Médica da América Latina e do Caribe publicou em abril deste ano uma declaração sobre a crise na Venezuela. De acordo com o documento, o país tem uma piores condições de prática médica, prevenção, assistência e reabilitação de saúde da população na região. A entidade analisou denúncias de instituições médicas e sindicais venezuelanas.

Em julho, foi a vez da Organização das Nações Unidas (ONU) cobrar a Venezuela sobre o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que obriga o governo a facilitar o acesso da população a medicamentos essenciais além de adotar medidas jurídicas e administrativas para garanti-lo. O pacto foi ratificado em 10 de maio de 1978.

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