Veleiro da Expedição Pedro Teixeira chega a Belém e entra em manutenção

Foram 282 milhas navegadas no trecho de Macapá-Belém.

FOTO: Vista aérea de Belém. Foto: Olimpio Guarany

Olimpio Guarany (Capitão)

Foram 282 milhas navegadas no trecho de Macapá-Belém. Percorremos o trecho em 18 dias. Navegamos por rios, furos e estreitos que formam a teia do delta do Amazonas. Um emaranhado de correntes de água que mais parece um labirinto. Navegar por aqui exige não só cuidados, mas conhecimento, pois as cartas náuticas não contemplam a grande maioria desses cursos de água entremeados por ilhas cobertas por uma vegetação de várzea, mais conhecida por pesquisadores e exploradores como florestas de várzea.

Aproximação de Belém com tempo fechando. Foto: Bia Oliveira

Belém é considerada a capital da chuva. Ao nos aproximarmos do porto da Marina, antigo Iate Clube do Pará, o tempo fechou, mas as nuvens carregadas despejaram uma chuva que demorou apenas uma hora. Consideramos que foi uma saudação a nossa chegada.

Convém destacar que nessa última perna da ilha Joroca, rio Pará até Belém percorremos 60 milhas em 12 horas de viagem. Em boa parte do trecho navegamos contra a correnteza, inclusive na travessia da baia.

De Macapá a Belém navegamos sempre durante o dia, até por volta das 16h. A partir daí procurávamos um porto onde pudéssemos atracar ou fundear, sempre com autorização dos moradores. Fizemos boas relações com os ribeirinhos que nos acolheram com hospitalidade nesse trecho e trouxemos a saudade e a certeza de amizades sinceras.

Veleiro Kûara no porto do casal George e Luci (Rio Companhia, messoregião do Marajó) – Foto: Bia Oliveira

 Nosso barco tem 30 pés e o tanque de combustível suporta 80 litros. Com pouca informação sobre o abastecimento no trajeto, tratamentos de navegar com uma reserva de combustível de 120 litros, ou seja, um tanque e meio a mais, como precaução. Como consumo é baixo, só fizemos reabastecimento três vezes, e compramos combustível em Curralinho, a última cidade antes de chegar a Belem. Exageramos. Na verdade não era necessário trazer toda essa reserva de combustível, pois no caminho que nós tomamos até Belém, existem duas cidades onde se pode abastecer. Além disso há algumas comunidades também onde é possível comprar combustível.

Posto flutuante em Curralinho. Último abastecimento antes de Belém. Foto: Bia Oliveira

Agendamos nossa visita ao centro histórico de Belém para os primeiros dias de nossa estada na capital paraense, mas tínhamos outras providências a serem tomadas, entre elas a manutenção do barco. Mas este é assunto para as próximas colunas.

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