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Terça, 23 Abril 2024

Um oásis de biodiversidade encravado no coração de Belém

Foto: Oguarany

Olimpio Guarany, capitão da Expedição

Nessa última semana, antes de seguirmos nossa jornada subindo o rio Amazonas refazendo a Expedição de Pedro Teixeira de 1637, visitamos um lugar que é um oásis de biodiversidade e ao mesmo tempo é um dos mais ameaçados da Amazônia.

Chegamos ao parque do Utinga, em Belém do Pará, cedinho e quem nos recebe é o Sr. Ivan Santos, Gerente da Região Metropolitana do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). Ele nos leva pessoalmente para conhecer o Parque. 

Foto: Bia Oliveira

"Seu" Ivan como é carinhosamente chamado por todos aqui, nos mostra e descreve cada atividade desenvolvida no Parque.

No tour, conhecemos melhor aquele homem simpático e gentil que descreve com detalhes o cenário de cada ambiente e ao mesmo tempo está sempre atento aos visitantes. Zeloso, para o carro e gentilmente chama atenção dos caminhantes e ciclistas para que tomem cuidado e observem as regras do Parque, sempre com a preocupação da segurança e do bem estar de todos.

O Parque Estadual do Utinga é uma Unidade de conservação situada, no que os pesquisadores chamam de Centro de Endemismo de Belém devido a sua ampla e peculiar biodiversidade.

O Parque abrange uma área de 1.400 hectares e está encravado na zona urbana de Belém. É visitado durante todo o ano por moradores e turistas. 

Parque Estadual do Utinga - Foto: Bia Oliveira

Mas, o que significa Utinga?

A palavra Utinga é variação do vocábulo de origem tupi y-tinga e significa "águas claras".

Por isso, o Utinga é considerado o celeiro das águas. É daqui que sai toda a água potável que abastece cerca de 75% da população de Belém, algo como 1 milhão e 500 mil pessoas. 

Augusto Jarter, Pesquisador, especialista em fauna silvestre - Foto: Henri Vieira

Como um dos últimos redutos de biodiversidade da zona urbana da capital, o Parque do Utinga abrange florestas de terra firme que ocorrem nas regiões internas e altas do Parque sobre solo argiloso e úmido; vegetação de palmeiras; ervas e árvores de diversos portes.

Há também ocorrência de floresta densa; florestas de igapó, às margens dos Lagos Bolonha e Água Preta, dois grandes mananciais de água e áreas de terreno baixo e úmido.

No último levantamento feito em 2018 foram registrados 1.656 indivíduos, distribuídos em 47 famílias, 119 gêneros e 151 espécies de formas diferentes de vida. 

Leandro Ferreira, Pesquisador do Museu Emilio Goeldi - Foto: Henri Vieira

Das 151 espécies botânicas levantadas, cinco estão nas listas Estadual (SEMA, 2007), Federal (MMA, 2008) e Mundial (IUCN, 2012) de espécies ameaçadas de extinção: três são vulneráveis, uma está em perigo de extinção e uma está criticamente em perigo de extinção pelos critérios adotados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês) e pelo Estado do Pará. 

Foto: OGuarany

Devido toda essa exuberância, visitar o Parque do Utinga deve ser agenda obrigatória de quem visita a capital paraense.

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Comentários: 1

Joao Jorge Peralta em Quinta, 15 Abril 2021 10:44

Olá, Capitão Olimpio Guarany e tripulação do KÛARA. Estou acompanhando a "Expedição Bento Teixeira, a Redescoberta do Rio das Amazonas". Parabéns pela realização. Obrigado por estarem contribuindo tão eficazmente para o conhecimento e valorização da nossa Amazônia. Muito bons os relatos do Capitão, apesar de sucintos. Belas - e surpreendentes - as fotografias.

Olá, Capitão Olimpio Guarany e tripulação do KÛARA. Estou acompanhando a "Expedição Bento Teixeira, a Redescoberta do Rio das Amazonas". Parabéns pela realização. Obrigado por estarem contribuindo tão eficazmente para o conhecimento e valorização da nossa Amazônia. Muito bons os relatos do Capitão, apesar de sucintos. Belas - e surpreendentes - as fotografias.
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