Expedição Pedro Teixeira, a Nova Descoberta do rio das Amazonas, chega a Belém

Percorremos de Macapá, na foz do rio Amazonas, até a capital paraense. Foram 282 milhas, 13 dias de navegação por rios, furos e estreitos que compõem o delta do Amazonas.

Vista aérea do Centro Histórico de Belém. Foto: OGuarany

Olá,

Vamos atualizar nosso Diário de Bordo.  Já estamos em Belém. Percorremos de Macapá, na foz do rio Amazonas, até a capital paraense 282 milhas. Foram 13 dias de navegação por rios, furos e estreitos que compõem o delta do Amazonas.

Veleiro Kûara no porto da Marina de Belém. Foto: OGuarany

Nossa agenda em Belém começa com uma visita ao centro histórico. É uma das atrações que mais chama atenção de quem visita a cidade. Não só pela arquitetura de época, e que épocas hein?, mas pela própria história. Apesar de ser a minha segunda visita ao local, ainda estou curioso para saber mais algumas coisas.

Belém foi fundada em 12 de janeiro de 1616. Sabe quem estava junto com Francisco Castelo Branco, no ato de fundação? Pedro Teixeira. Isso mesmo, o desbravador Pedro Teixeira foi escalado para participar da missão.

Agora vamos conhecer essa preciosidade da Amazônia.

Ainda no século XVII, Belém começou a ser preparada para ser a capital da Coroa Portuguesa na Amazônia. Daí vem a explicação para tão rica arquitetura de época; símbolos marcantes dos colonizadores.

Sede do Governo da Coroa Portuguesa na Amazônia. Foto: Pedro Sergio Silva

Hoje, o sítio histórico é conhecido como Complexo Feliz Lusitânia, região portuária da cidade, às margens da Baía de Guajará, com construções do período colonial. A obra mais antiga desse conjunto arquitetônico é o Forte do Presépio. É o marco da fundação da cidade de Belém. Foi o lugar onde desembarcou o capitão Francisco Caldeira Castelo Branco junto com Pedro Teixeira a mando da coroa portuguesa, para defender essas terras das invasões inimigas dos ingleses, franceses e holandeses.

Catedral Metropolitana da Sé. Foto: Pedro Sérgio Silva

Um dos prédios que desperta curiosidade de quem visita o local é a igreja de Santo Alexandre, desativada em meados do século XX e transformada em Museu de Artes Sacras. O altar e os púlpitos todos em madeira entalhada que levaram 15 anos de trabalhos meticulosos.

Há restrições para a entrada no museu, mas conseguimos autorização para fazer imagens e das riquezas inestimáveis que estão guardadas no seu interior. Relíquias e artes sacras preciosas, únicas eu diria, que foram trazidas de Portugal ainda no século 17. Você pode ver no nosso canal no YouTube.

Uma coisa que nos deixa impressionados em Belém e salta aos olhos é a grandiosidade da arquitetura dos prédios do bairro Cidade Velha. E a assinatura do arquiteto Antonio Giuseppe Landi, o preferido da Coroa Portuguesa à época, está por toda parte. No Palácio Lauro Sodré, sede da Coroa e que até poucos anos abrigava o governo do estado, na casa das onze janelas, residência de um rico fazendeiro. A casa foi adquirida pelo governo da província e Landi a transformou no hospital real.

Casa das 11 janelas. Foto: Pedro Sérgio Silva

Ele assinava as obras no seu estilo preferido, o neoclássico, mas dialogava com o colonial e o barroco e a catedral metropolitana da Sé é o maior exemplo.

As torres projetadas por Landi não tem paralelos no mundo luso-brasileiro e são inspiradas em modelos bolonheses, região de origem do arquiteto. A obra foi concluída em 1782.

Belém do Pára ainda tem muito mais a nos apresentar.Se voltássemos no tempo, poderíamos ver passando por estas ruas, as mais diferentes pessoas de todas as partes da Europa, mas sobre a belle époc de Belém a gente vai ver na próxima coluna.

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Até a próxima semana. Forte abraço!

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