Entendemos que a produção agropecuária é vital para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, mas ao mesmo tempo sabemos que essa atividade tem um impacto negativo nos ecossistemas naturais e nas florestas amazônicas e do Centro-Oeste brasileiro.
O Brasil é o quinto maior país do mundo e é reconhecido pela abundância de recursos naturais. A Amazônia e o Centro-Oeste brasileiro são duas regiões que produzem madeira, alimentos, óleos e carne, todavia são os principais locais de desmatamento no país, um processo que envolve a destruição de áreas de floresta para exploração do garimpo ilegal e criar áreas para agricultura e pastagens. O desmatamento tem sido um problema grave nessas regiões, por várias razões. Primeiro, a destruição das florestas causou muitos danos ao meio ambiente, reduzindo a diversidade biológica e a consequente perda de habitats para a fauna, e provocou o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
Entendemos que a produção agropecuária é vital para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, mas ao mesmo tempo sabemos que essa atividade tem um impacto negativo nos ecossistemas naturais e nas florestas amazônicas e do Centro-Oeste brasileiro. Nos últimos anos, a destruição dessas florestas tem sido alarmante, com consequências devastadoras para o meio ambiente, a biodiversidade e o clima.
Sobre o assunto, conversei com alguns especialistas e apurei que há convergência de pensamento no que respeita as alternativas para aumentar a produção agropecuária, sem a necessidade de derrubar novas árvores, aproveitando as áreas antropizadas. Essas áreas também conhecidas como “terras degradadas” são aquelas que foram utilizadas anteriormente para agricultura, pecuária ou florestas plantadas, mas que foram abandonadas e não mais produzem. São ricas em nutrientes, e se forem bem tratadas, podem fornecer grandes quantidades de alimentos para o gado e, consequentemente, para as populações humanas.
As perdas da biodiversidade com o desaparecimento de espécies da fauna e flora, de onde se poderia buscar soluções para muitos problemas da humanidade, são significativas, por isso a necessidade de se implementar medidas imediatas e eficazes, sob pena dessas perdas serem totalmente irreversíveis.
Segundo especialistas, aproveitar essas áreas é possível desde que seja feito um trabalho de recuperação, entre outros, a limpeza dos solos, o aumento da fertilidade e a criação de sistemas de irrigação, a reintrodução de espécies nativas de árvores, plantas e animais, para ajudar a restaurar o ecossistema.
Da parte do governo é preciso se implementar políticas públicas que possam desempenhar um papel importante na redução do desmatamento como, por exemplo, incentivo ao uso de energias renováveis como a energia solar, para substituir o uso de óleos combustíveis; programas de conservação de florestas e criação de áreas protegidas.
É preciso agir para não ser tarde de mais.
Sobre o autor
Olimpio Guarany é jornalista, documentarista e professor universitário.
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