Projeto Sonora Pará destaca a trajetória de 12 artistas

A segunda temporada do Projeto Sonora Pará, da Cultura Rede de Comunicação (Funtelpa), será lançada na segunda-feira (4), às 18h30, no Cine Líbero Luxardo, da Fundação Cultural do Pará (FCP). O projeto inclui uma série de curta-metragens com 12 artistas paraenses, produzidos sob os olhares de 12 realizadores independentes selecionados pela Cultura. Assim como na primeira temporada, cada realizador produz curtas de documentários musicais para serem veiculados na TV, Rádio e Portal Cultura.

“O Sonora deste ano segue a mesma linha do ano passado. Em 2017 temos uma diversidade musical e de olhares característica da cultura paraense. Temos um panorama maravilhoso da riqueza cultural paraense do ponto de vista de artistas muito talentosos, que são os realizadores selecionados pela Cultura para esta nova temporada”, informa a cineasta Jorane Castro, curadora do projeto.

Adamor do Bandolim é um dos homenageados. Foto: Camila Lima/Portal Cultura
Este ano os realizadores escolhidos foram Larissa Bezerra, Ângela Gomes, Carolina Mattos, Adriana Oliveira, Brunno Régis, Rodrigo Bittencourt, Afonso Gallindo, Vitor Souza Lima, Cristiano Santa Cruz, André dos Santos, Júnior Franch e Guto Nunes. Foram produzidos 36 documentários, incluindo 24 curta-metragens que variam de 30 segundos e 1 minuto e 30 segundos, para exibição na Rádio Cultura, além de 12 curtas de cinco minutos, que serão veiculados na TV e Portal Cultura.

Os realizadores ficaram à vontade para produzir os curta-metragens musicais, gravados em diferentes cenários de Belém durante o ano passado. Todos os documentários foram legendados em inglês para impulsionar a divulgação dos artistas também no mercado internacional.

“O Sonora Pará coloca em evidência dois segmentos da cultura paraense: a produção audiovisual e a música. Os dois têm um diálogo privilegiado porque vão produzir formatos que o público vai poder ver pelo celular, compartilhar nas redes sociais e na internet. É uma coisa dinâmica para ver, curtir, e também uma forma de os artistas se divulgarem, pois também vamos conhecer as histórias deles. Já para o realizador vai servir para mostrar de que forma ele enxerga o músico, de que forma constrói suas narrativas e seus olhares”, completa Jorane Castro.

Tradição e modernidade

Para a documentarista Ângela Nelly, o “Sonora Pará” é uma grande oportunidade para o realizador, já que o projeto leva o audiovisual paraense a crescer junto com a produção brasileira. “O conceito é muito interessante, porque aborda o que temos mais de genuíno, que são as diversas vertentes da nossa música, desde as bandas do interior, que são uma tradição, até artistas mais modernos. Da mesma forma, reúne realizadores experientes e outros que estão começando a trilhar esse caminho, mas já com alguma experiência”, ressalta Ângela, que produziu o documentário sobre a Banda União Vigiense, do município de Vigia de Nazaré, no nordeste paraense.

Afonso Gallindo, que trabalhou com o cantor Wanderley Andrade, concorda com Ângela, e acredita que o projeto só tem a crescer. “O Sonora Pará merece ser ampliado porque também temos áreas de atuação no Estado além da música. Ele é uma possibilidade riquíssima para que os artistas paraenses se tornem conhecidos e ganhem cada vez mais espaço dentro e fora do Estado”, diz ele.  

Ícone da música popular paraense, Wanderley Andrade destaca a importância do projeto para a visibilidade de artistas locais. “O que mais me chamou atenção no ‘Sonora’ foi o profissionalismo com que ele foi realizado. Além de ter nosso trabalho divulgado, também sabemos que estamos em uma emissora que valoriza cada vez mais as coisas da terra, os músicos da terra”, conta ele, que pretende gravar novo DVD nos Estados Unidos durante temporada de shows este ano. 

Teatro e música

Iva Rothe, outra estrela desta edição do projeto, ganhou direção de Brunno Régis em música gravada exclusivamente para o curta-metragem. A produção explora o lado teatral da cantora, que aparece acompanhada de músicos na canção “Maria do Pará”. “Eu só funciono à base de projetos artísticos, onde consigo explorar meu lado teatral. Isso que me move, pois me sinto confortável com isso. Cresci ouvindo bregas perto de casa, então brincar com tudo isso é muito bom”, afirma a cantora.

A coordenadora de produção do Núcleo de Documentários da TV Cultura do Pará, Glenda Abud, informa que os artistas e realizadores selecionados este ano têm amplo currículo em suas áreas de atuação, e mostraram ideias criativas para abraçar o projeto. “Pegamos vários artistas paraenses que já têm projeção nacional, como Leila Pinheiro e Jaloo, mas também apresentamos outros que estão na estrada. O bacana deste projeto são as diferentes linguagens musicais que ele traz e apresenta ao público. O papel da Cultura é de fomentar e ser um agente de informação da cultura do nosso Estado para o País e para o mundo, já que vamos trabalhar com a internet também”, ressalta.

Todos os curta-metragens do “Sonora Pará” serão exibidos em programa especial no próximo dia 10 de setembro (domingo), às 21 h, na TV Cultura do Pará. Já na Rádio Cultura, os teasers começaram a ser veiculados no início de agosto e, a partir de quinta-feira (7), entrarão os spots de um minuto e meio.

Na internet, os produtos serão veiculados também a partir de quinta-feira, às 20 h, na página do Portal Cultura no Facebook, e no canal do Portal Cultura no Youtube, com a seguinte ordem: Jaloo, Espanta Cão, Estrobo, Leila Pinheiro, Mestre Damasceno, Luê, MG Calibre, Banda União Vigiense, Paulo José Campos de Melo, Adamor do Bandolim, Iva Rothe e Wanderley Andrade.

Participantes da segunda edição do Projeto Sonora Pará:

Júnior Franch – Jaloo
Cristiano Santa Cruz – Espanta Cão
Adriana Oliveira – Strobo
Vitor Souza Lima – Leila Pinheiro
Guto Nunes – Mestre Damasceno
Carolina Mattos – Luê
André dos Santos – MG Calibre
Ângela Nelly – Banda União Vigiense
Larissa Bezerra – Paulo José Campos de Melo
Rodrigo Bittencourt – Adamor do Bandolim
Brunno Régis – Iva Rothe
Afonso Gallindo – Wanderley Andrade
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